Eu e eu e eu...e eu
Eu não percebo as pessoas que têm discursos diferentes em público e em privado. Quero dizer, percebo mas não me agrada.
Eu tento ser coerente com a expressão da minha natureza, sou tão exagerado aqui (no blog) como na vida real.
Claro que a mudança de discurso é uma boa defesa dos nossos sentimentos e uma salvaguarda das nossas inseguranças; mas um muro é um muro, e as suas funções são cercar e defender - nem se sai, nem se entra.
As personalidades múltiplas, as diferentas facetas e identidades já passaram de moda. Agora, ao mesmo tempo que o individualismo e a diferença florescem, também a adopção de um eu único e imutável para todos os universos (real, imaginário e virtual) se torna cada vez mais um comportamento normal.
Não quero com isto dizer que por vezes não seja aceitável e mesmo saudável experimentar uma outra personalidade.
Claro que haverão aqueles que dirão que não se trata de múltipla personalidade mas sim de adaptação a uma outra realidade. Pois eu concordo que haja adaptação, mas isso não significa que se mude a identidade.
Eu tenho um certo orgulho por fazer amigos em qualquer tipo de realidade, isto porque me adapto muito bem. E sei que se o meu amigo da realidade A se encontrar com o outro meu amigo da realidade B, e se por acaso eu vier à baila numa conversa, é muito provável que qualquer um deles me identifique ou pelo menos diga que conhece alguém muito parecido.
Adaptação não é o mesmo que mudança de identidade.
Um caso curioso é aquele em que a pessoa é incapaz de se adaptar (mantendo sempre o mesmo estilo) mas consegue adoptar diferentes personalidades. Embora seja curioso é muito comum. Acho que que estas pessoas são teimosas, orgulhosas e arrogantes: Teimosas porque insistem em manter o seu estilo, orgulhosas porque o seu estilo é mantido por ser o melhor, e arrogantes porque todos os outros estilos são inferiores, não merecendo por isso a adaptação do seu ao dos outros.
Mais raro são aqueles que se adaptam e para isso usam diferentes personalidades, mas estes são casos patológicos ou fazem-no por necessidade. O doente mental e o espião, respectivamente, são casos paradigmáticos deste comportamento.
No final, talvez os familiares dos concorrentes dos Reality Show's é que têm (de uma forma estranha) razão quando dizem : Ele não está a ser ele próprio... não está ainda à vontade! Talvez durante esta semana ele se torne ele próprio e se descontraia mais. Faça as palhaçadas que costuma fazer à frente da avó...
Eu tento ser coerente com a expressão da minha natureza, sou tão exagerado aqui (no blog) como na vida real.
Claro que a mudança de discurso é uma boa defesa dos nossos sentimentos e uma salvaguarda das nossas inseguranças; mas um muro é um muro, e as suas funções são cercar e defender - nem se sai, nem se entra.
As personalidades múltiplas, as diferentas facetas e identidades já passaram de moda. Agora, ao mesmo tempo que o individualismo e a diferença florescem, também a adopção de um eu único e imutável para todos os universos (real, imaginário e virtual) se torna cada vez mais um comportamento normal.
Não quero com isto dizer que por vezes não seja aceitável e mesmo saudável experimentar uma outra personalidade.
Claro que haverão aqueles que dirão que não se trata de múltipla personalidade mas sim de adaptação a uma outra realidade. Pois eu concordo que haja adaptação, mas isso não significa que se mude a identidade.
Eu tenho um certo orgulho por fazer amigos em qualquer tipo de realidade, isto porque me adapto muito bem. E sei que se o meu amigo da realidade A se encontrar com o outro meu amigo da realidade B, e se por acaso eu vier à baila numa conversa, é muito provável que qualquer um deles me identifique ou pelo menos diga que conhece alguém muito parecido.
Adaptação não é o mesmo que mudança de identidade.
Um caso curioso é aquele em que a pessoa é incapaz de se adaptar (mantendo sempre o mesmo estilo) mas consegue adoptar diferentes personalidades. Embora seja curioso é muito comum. Acho que que estas pessoas são teimosas, orgulhosas e arrogantes: Teimosas porque insistem em manter o seu estilo, orgulhosas porque o seu estilo é mantido por ser o melhor, e arrogantes porque todos os outros estilos são inferiores, não merecendo por isso a adaptação do seu ao dos outros.
Mais raro são aqueles que se adaptam e para isso usam diferentes personalidades, mas estes são casos patológicos ou fazem-no por necessidade. O doente mental e o espião, respectivamente, são casos paradigmáticos deste comportamento.
No final, talvez os familiares dos concorrentes dos Reality Show's é que têm (de uma forma estranha) razão quando dizem : Ele não está a ser ele próprio... não está ainda à vontade! Talvez durante esta semana ele se torne ele próprio e se descontraia mais. Faça as palhaçadas que costuma fazer à frente da avó...
Comentários
Eu sempre achei que quem se dá bem com todos, não se dá com ninguém. Existe uma empatia que fomenta a amizade. existem pessoas que fazem sobressair o melhor de nós, outras que nos intoxica. Portanto é normal que algumas pessoas são mais elas próprias com A do que com B.
É a vida.
Eu pessoalmente nunca gostei muito do K.
O K também nunca me pareceu de confiança.
ok...concordo...sou do contra...
Mesmo que não seja (e não somos) cada pessoa gosta de se sentir especial.....
Só disse que a maior parte das pessoas que conheço são do contra, mas são todas (maravilhosamente) diferentes.
E deixa-me dizer-te que pelo teu nível de discurso acho que deves ser muito especial. Uma coisa é certa, não precisas de nenhum mestre ;-)
Na minha família todos nos tratamos por tu. E ninguém falta ao respeito a ninguém.
a vida ensinou-me a ser assim, a fazer uma selecção das pessoas mas sem me dar mal com ninguém.