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A mostrar mensagens de junho, 2009

Quem é o estúpido?

Sinceramente, não sei o que pensar sobre a constante produção de versões americanizadas de filmes "estrangeiros". Se por um lado eu sou a favor da suprema liberdade artística; e do livre remixing. Por outro, não vejo este fenómeno como expressão de liberdade artística ou livre propagação da cultura, antes, mais como uma espécie de certificado de estupidez para com o povo americano, e também um certificado de incompetência para com os não-americanos: "é realmente uma boa ideia, mas nós vamos apurá-la, melhorá-la e fazer dela uma ideia perfeita; americana". Também me sinto parte desta aculteração, porque muitas vezes até gosto das versões americanas; pior, algumas vezes até as prefiro à original. A verdade é que o produto americano já vem todo mastigadinho, e não há melhor coisa para preguiçosos; como eu posso ser às vezes...muitas vezes. Sinto-me muito dividido - revoltado e curioso - sempre que leio sobre uma nova versão em que Hollywood está a trabalhar.

A nossa música

Eu e a minha querida já temos uma música nossa. Depois de vários meses de discussão (amigável) sobre qual deveria ser a nossa música, finalmente decidimo-nos. A dúvida estava entre estas: o Blue Moon , Bartok , Mike Oldfield e John Williams ; e quem ganhou foi o John Williams. Existe todo um sentido metafórico de caça, comida, carninha e muita água para saciar a sede, ligado a esta música. Apesar de a minha adorada não gostar muito, penso que daqui uns tempos já terá aceitado. NOTA: Infelizmente, não consegui encontrar uma versão orquestrada, mas penso que com esta já muitos casaisinhos podem começar a marcar os primeiros passos: NHAC!

TECNOFILANDO

TECNOFIL. 15h23. No stand, sem cadeira; que seca. 15h27 - Aparecem dois asiáticos (parecem chineses), perguntam-me uma série de coisas em inglês. Metade não percebo e digo "sim, claro!". 15h40 - Um casal espanhol. Mais perguntas do arco-da-velha. Mostro-me profundamente interessado enquanto penso noutras coisas e digo "sim, claro!". 15h50 - As gajas portuguesas de oculinhos são as mais chatas... 16h10 - Aparece-me um tipo muito feio. Ao princípio tive alguma dificuldade em olhar-lhe para a cara, mas depois o tipo mostrou-se simpático e com perguntas decentes e eu, lentamente, fui colocando os instintos de lado. Pensei: se fossem todos como este, a tarde passava mais depressa. 16h28 - A gaja do stand ao lado cumprimenta-me e pisca-me o olho, mas rapidamente (deduzo eu) se lembra que não me conhece de lado nenhum e corrige a piscadela para uma estranha afectação nos dois olhos; esfrega-os violentamente e eu retiro um pedaço de papel e começo a escrever isto...EHEHEHE

Um odor familiar

Há certas coisas que, por não pensarmos o suficiente nelas, julgamos que devem estar correctas; tais como: os homens não baixarem as tampas das sanitas, e os trabalhos pós-académicos virem na forma de estágios não-remunerados. Devem estar a pensar: o que é que uma merda tem a ver com a outra - e eu respondo: são duas ideias de merda!!! Sendo uma um pouco mais literal... Não baixar a tampa - aliás, nem é a tampa, é a coisa (não sei o nome) cuja função é não esfriar o rabo, a argola de plástico, chamemos-lhe assim. Não baixar a argola é igual a não levantar a argola. Se elas podem exigir que a argola tenha que estar baixada, então, também nós podemos exigir que ela deva estar levantada. Ou então chegamos a um compromisso e ambos baixamos a argola e a tampa. Até agora ainda não ouvi nenhum raciocínio lógico que me faça acreditar que eu estou errado. Agora, se me vierem dizer que é só por uma razão estética, que fica melhor a argola de plástico à vista em vez da louça brilhante e imaculada

Uma história de reis

Hoje vi o Duque de Bragança entrar num táxi, no Chiado; e a reacção do taxista foi impagável. O sorriso que se abriu quando olhou pelo espelho retrovisor fez-me imaginar o resto da viagem destas duas personagens. - Boa tarde! É p'ró Palácio, se faz favor. - Diga-me uma coisa. Afinal você é duque ou rei? - Bom. Tem piada que pergunte isso, porque justamente agora... - Mas é, tipo, xisneto do Afonso Henriques, não é? - Pois, mas como eu ia... - Então é rei ou não? Mas porquê que não anda com uma espada? Lá em inglaterra andam com espada e a cavalo. - Ah sim? Você é um tipo engraçado. - Diga-me uma coisa. Como é que as pessoas o tratam? Por vossa excelência? Senhor rei? - ... - Olhe para este palhaço - apita furioso -; estes gajos de mercedes têm a mania que têm o rei na barriga. - Por acaso eu tenho um mercedes. Um belo automóvel. - ... - ... - Então e o tempo? Está estranho, não está? Não é da família do São Pedro, por acaso? - Ri-se - ... - Diga-me uma coisa, não acha que o fadista

Suspense...

Ontem disse à minha namorada que se o nosso filho nascer rapaz, estamos tramados, vamos para um lar quando formos cotas; se for menina, talvez nos safemos...