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A mostrar mensagens de maio, 2007

A educação mata a criatividade?

Esta é uma questão que me intriga há já muito tempo: A educação mata a criatividade? Todo o formalismo, dogmatismo e uniformidade do programa educacional, por todo o globo, tende a erradicar ou marginalizar aqueles que são diferentes. Com o actual sistema caminhamos a passos largos para uma sociedade quase insectívora. Nós somos todos criativos com um potencial ilimitado, todos! Nascemos criativos e depois podemos ser educados dentro da criatividade ou fora dela. Este vídeo que eu colo aqui é das celebres conferências TED . O tema desta "comunicação" é precisamente Do Schools kill creativity? , apresentado pelo Sir Ken Robinson. É uma conferência divertidíssima (é preciso perceber inglês) e tem apenas uns míseros 19 minutos.

A poupança na senilidade

Que os velhos são forretas como o caraças, já toda a gente sabe, mas que esta forretice pode sair cara às vezes, é novidade. Ou não será? Ontem estava a ver as notícias quando ouvi a coisa mais absurda desde há muito tempo. Talvez desde as famosas entrevistas com o Carrilho que não ouvia uma coisa assim tão estapafúrdia. A notícia era sobre a poupança de electricidade e de como as novas lâmpadas de baixo consumo podem poupar até 80% de electricidade. Quando, no meio de uma campanha da EDP em que ofereciam lâmpadas destas, é entrevistado um velho e lhe fazem a seguinte pergunta «Já usa destas lâmpadas em sua casa?» e ele responde «De facto já tenho as lâmpadas, mas estou à espera que as outras [as normais] se fundam para substituí-las» fiquei boquiaberto. Quer dizer, há poupar e ser parvo. Então não poupava mais dinheiro se mudasse JÁ as lâmpadas?

Acabou-se a liberdade

Bem sei que a realidade actual é diferente daquela que eu conheci quando era puto, mas não me consigo imaginar a crescer sem toda a liberdade que gozei. Se fosse hoje, provavelmente a minha mãe e restantes encarregados, numa altura ou outra, de tomar conta de mim, seriam responsabilizados de negligência e quase abandono. As coisas eram bem diferentes. Eu e os meus irmãos brincávamos (ás vezes) durante todo o dia na rua, só indo almoçar e jantar a casa; Muitas vezes dormíamos sózinhos porque a minha mãe (separada) tinha que fazer turnos à noite; passávamos as férias com as nossas primas (que eram adolescentes) sem a supervisão de nenhum adulto; eu ía para a escola de autocarro e os meus amigos também. Será que as coisas eram assim tão diferentes? Apesar de, tanto eu como os meus amigos, nos depararmos com o ocasional velho pedófilo dos transportes públicos que se punha a masturbar quando via rapazinhos novos, ou o exibicionista maluco, ou mesmo os doidos histéricos e bêbados, desenvenci

Aos críticos deste blog

Pesadelos e beatas

Ontem (no aniversário da minha irmã) comi demasiados ovos, o que me fez ter pesadelos durante a noite. Vão-me chamar maluco, mas adoro pesadelos; na altura fazem-me acordar suado e com algum...digamos "respeito", mas depois costumam ser óptimo material para histórias. O de hoje à noite foi particularmente interessante - estou "mortinho" por começar a escrever a história. Mudando de assunto mas mantendo o registo de pesadelo; alguém próximo de mim chegou à conclusão que tentar fazer amizade com gente beata é perder tempo. Uma simples razão para que seja assim é a tentativa de conversão permanente que estes zoombies infligem a quem se aproxima deles. Eu, por princípio, não gosto de gente demasiado religiosa - se forem só um bocadinho já não me importo -, e por isso tendo a não me aproximar destas criaturinhas. Mas pobres dos incautos que não sabem do que esta gente é capaz! E assim foi o meu fim-de-semana: divido entre pesadelos e ovos.

Eu odeio o Carrilho!

Eu não sou totó!

- Eu tenho um feitio tramado! - De tanto dizer isto alguém há-de acreditar em mim. Umas das características deste meu feitio é a inflexibilidade em determinadas coisas. Se, por exemplo, me tratarem com duas pedras na mão quando eu não dou razão para isso, recuso-me a continuar a agir como se estivesse tudo bem. Quando me tratam assim corto logo o mal pela raíz, seja homem ou mulher; goste muito ou (melhor) não. Lembro-me que quando era puto tinha um amigo, o meu melhor amigo na altura, que teve o azar de me tratar mal mais do que uma vez. Eu não tive com meias medidas e e disse-lhe que ou ele mudava de atitude ou deixávamos de ser amigos. Ele não mudou, eu nunca mais o vi. Até hoje tenho sido sempre assim, sem arrependimentos. Não admito que ninguém me trate mal. Obviamente, não sou radical; dou sempre hipótese de redenção. E uma vez terminada a relação também não sou rancoroso, varro de vez essa pessoa da minha cabeça. Para mim é o fim. Não vou estar aqui a atirar pedras sem confessar

Não me peçam ajuda para encontrar o vosso papagaio

Eu vou ser muito sincero, todos os e-mails que recebo com pedido para reenvio atiro-os para o lixo. Sejam eles o último aviso do vírus come-cuecas ou um pedido de ajuda qualquer. Eu vejo a minha caixa de e-mail exactamente como os CTT, são ambos serviços para receber e enviar correspondência. E é o que eu faço. E levo muito a sério a minha correspondência. Como por enquanto ainda não trabalho para os correios nem para nenhuma instituição de Achados e Perdidos, não sinto nenhuma obrigação especial (nem vontade) de fazer forward de todos estes e-mails chatos que recebo diariamente. Claro que se me enviarem revistas da Playboy ou Penthouses para a minha caixa de correio não as vou deitar fora nem tão pouco as reenviar para as caixas do meus vizinhos quando acabar de as "ler". Similarmente, no correio eletrónico, também não deito os anexos marotos imediatamente para o lixo, mas, se tiver tempo, envio para os amigos. Mas só porque o mundo eletrónico é dotado do milagre da multip

Viver é sonhar. Sonhar é estar vivo

O que é que se passa com as pessoas hoje em dia? Melhor, o que é que se passa comigo? Alguma coisa está muito errada quando me dizem que passar horas a ler é vegetar, é esquecer a vida; Alguma coisa está errada quando dizem que a vida se faz sempre em festa e nos copos, ou, por outro lado, com extrema carga de responsabilidade; Alguma coisa está errada quando os períodos de reflexão são confundidos com apatia ou preguiça; Alguma coisa está errada quando ler, escrever e pensar são consideradas "tarefas" menores, de quem não tem mais nada para fazer. Dizem-me - Isso é para quem tem tempo, como tu. Para quem não tem responsabilidades, filhos para criar. Para quem não tem mais nada que fazer. Eu penso - Mas será possível, por mais tarefas e responsabilidades que eu tenha, será possível eu desistir de viver? Viver para mim é isto, é aprender, reflectir e pensar. Viver é inventar. Sem sonhar e contemplar os sonhos dos outros não viveria. Morreria. Eu nunca dei importância às opiniõ

O deserto das elites portuguesas

Depois de ver o Prós e Contras de ontem à noite e de ouvir a intervenção do Arquitecto Ribeiro Teles, mais precisamente a referência à cultura duvidosa das elites da nossa cidade, começo a chegar à conclusão que se calhar ele tem razão. As minhas rotineiras queixas sobre os contéudos portugueses (TV, cinema, etc) normalmente têm sido porque a mensagem e forma destes são muito básicos, populares e chapa cinco. No fundo o que eu tenho querido dizer é que os "nossos" cérebros criativos e performativos são uma grande caca e deviam ir aprender qualquer coisa ao estrangeiro e, já agora, à escola também. O que vai de encontro ao que o Arq. Ribeiro Teles, com uma grande clarividência e articulação, disse ontem à noite. Para não ir muito longe nos exemplos, vou só expor alguns, poucos, cenários: a comédia portuguesa é uma aflição, comparem-na com a britânica, tanto em qualidade como em quantidade; as letras das músicas mais populares não têm ponta por onde se pegue de tão mal escritas

O enigma da inteligência adulta

Há uns anos atrás cheguei à conclusão que os adultos da minha família afinal não eram assim tão inteligentes como eu pensava quando era puto. Depois desta conclusão, passados mais uns anos, cheguei a outra: afinal eram inteligentes e que nas verdades simples é que está a verdadeira sabedoria. Finalmente fiz a separação das águas. Há de facto uns que são inteligentes e outros que nem por isso. As inteligências que me pareciam mais óbvias afinal não são nada por aí além, e as mais obscuras e, aparentemente, menos fundamentadas, são agora as mais brilhantes. O que eu vou pensar amanhã não sei, mas o que as mais novas gerações vão pensar de mim já tenho uma ideia.

Falta de tacto do costume

Eu e a minha grande falta de tacto. Já sou conhecido por, de vez em quando, dar umas respostas que roçam a má educação, e, mais uma vez, resolvi dar o ar da minha graça. Hoje uma rapariga perguntou-me a idade, ao que eu respondi que estava nos trinta e sete anitos, vai daí ela chama-me cota na brincadeira; eu, para não ficar atrás, pergunto-lhe a idade e depois digo-lhe a seguinte frase (que há-de ficar para a história das frases parvas do André): "também já não estás fresquinha...". O que eu fui dizer! Arrependi-me logo de seguida por ter dito aquilo, e ela massacrou-me (como eu merecia) de quase todas as formas (verbais) possíveis. Acho que ficou chateada comigo... Mas quando é que eu paro para pensar um pouco no que vou dizer? Fica aqui o meu pedido de desculpas público a esta simpática (e nova) rapariga e a todas as outras para quem eu fui ou serei um completo idiota.

E-book finalmente!

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Já falta muito pouco tempo para acabar o domínio do papel! Yuppi!! Assim como os fascistas das discográficas e as distribuidoras de fimes olharam para o abismo da igualdade social, também as malditas editoras cegarão quando se virem observadas pelo abismo. Mais um passo para a justiça social.

Uma geração de chatos

Três horas a aturar um chato que não se calou nem um minuto. O mais difícil foi suster uma gargalhada quando ele se queixou de uma certa pessoa ser muito chata porque não se calava. Este será talvez um dos piores chatos que eu conheço, aquele que monopoliza a conversa e que não admite contraditório. Mesmo qualquer voz que se erga para sublinhar o seu ponto de vista, ele imediatamente argumenta que não foi bem isso que estava a defender e que está em completo desacordo com as suas afirmações anteriores que afinal não são bem assim. É com grande frustração que chego à conclusão que devo estar calado dirante todo o monólogo e aguentar que nem um bravo. Fico sempre derreado no final. Derreado e aliviado. Este chato até possui uma vasta cultura geral e alguma articulação dos seus pensamentos, se ao menos fosse coerente e menos paranóico, as conversas seriam não só mais interessantes como, isso mesmo, conversas. O meu maior medo é tornar-me também num igual chato. Por isso faço de tudo para

Um vampiro em Lisboa

- Que raio de cidade fui eu escolher! Quando me mudei para Lisboa, já faz um século, não pensei que se celebrassem tantos feriados religiosos. Se a Primavera e os seus pólens arrebitam as alergias que por aí andam, a mim são as marchas com cânticos religiosos e a intensa programação televisiva dedicada a algum santinho ou suposta virgem. Ando o ano todo com o lenço na mão e os anti-hístaminicos no bolso. Foi com cuidado que escolhi a minha tumba: uma cave num local sossegado no centro da cidade. A localização é óptima para as minhas deambulações nocturnas em busca do meu sumo favorito. Escolho sempre os meus "recipientes" cuidadosamente, nada de pessoas famosas ou concorrentes dos Reality Shows - não é por serem conhecidos é só porque me fazem azia. Estes últimos anos têm-se mostrado particularmente difíceis para a paz das minhas refeições. Cada vez há mais participantes de B.B.'s e Jet Set's. E, além do mais, as cantorias nas ruas, dedicadas aos gajos lá de cima, est

Mais um desafio parvo

Eu já sabia que esta porcaria de desafio tinha que me calhar mais cedo ou mais tarde. E a minha grande amiga Marciana é que me lixou. Paciência, então aqui vai: Eu quero: isso gostavas tu de saber Eu tenho: fé, mas pouca paciência Eu acho: muita coisa mas provavelmente está tudo errado Eu odeio: ver aqui Eu sinto: neste momento, falta de pachorra para preencher esta coisa Eu escuto: muita coisa mas não digo nada Eu cheiro: a André Eu imploro: nunca imploro! Eu procuro: dinheiro no chão mas nunca encontro Eu arrependo-me: de ainda estar a preencher esta coisa Eu amo: quem me ama Eu sinto dor: quando me aleijo Eu sinto a falta: da praia Eu importo-me: com causas perdidas Eu sempre: tive um feitio tramado Eu não fico: em Hospitais Eu acredito: que Deus não existe Eu danço: muito quando há música Eu canto: mal, apesar de me mandarem calar Eu choro: nos momentos de choro dos filmes - e finjo que me entrou qualquer coisa para o olho Eu falho: com os meus amigos mas eles perdoam-me Eu luto:

Que se lixe o que os outros pensem!

Quando ficamos muito tristes temos vontade de começar tudo de novo, tudo do zero. Sair, viajar, ir para o estrangeiro; Temos vontade de nos revoltarmos com um berro que dure tanto e seja tão alto que fragmente, estilhace tudo à nossa volta. Não é assim que eu me sinto agora, mas lembrei-me das vezes em que me senti assim e senti um arrepio ao pensar nas tristezas que ainda terei no futuro. Até me podem dizer - Oh pá, não sejas mariquinhas! Todos passamos por isso! -, ao que eu respondo - Eh pá, vai á merda! Deixas-me sentir um bocado de pena de mim, se fazes favor? O pior nem é saber que vou ficar triste no futuro, o pior são os cenários que eu tenho a mania de inventar. Eu gosto de sonhar acordado, mas quando começo a ter pesadelos acordado, que são os cenários que eu imagino e que acabam num grande drama, aí é que começo a entrar em parafuso. Nessas alturas já não consigo fazer nada para deter a catadupa de ideias malucas que me vêm à mente, por isso deixo-me ir. Quando acabar, acabo

Pior que a inveja é a HIPOCRISIA!

Vídeo do saudoso programa "A Revolta dos Pastéis de Nata".

Desculpa amor! Esqueci-me!

Eu sempre estranhei que, em conversa com as mais variadas mulheres ao longo dos anos, elas continuassem a insistir em testar a minha memória com diversos artifícios. Como esta não é das mais notáveis, os meus esquecimentos já deram origem a várias discussões "acaloradas". Mas porquê tanta importância com determinado pormenor que me escapa e que nem sequer é relevante? O problema nem sequer é somente meu, mas tipicamente masculino. Todos nós somos testados numa base rotineira, e quando falhamos, o que não é raro, é dado início a uma reacção em cadeia que mais tarde ou mais cedo irá gerar uma discussão. Vim agora a descobrir, e tenho que agradecer à National Geographic, que estes "testes" à nossa memória não passam de um mecanismo instintivo na mulher que a leva tentar perceber se determinado homem poderá vir a merecer a honra de acasalar com ela. Isto porque no acasalamento existem vários factores de importância para a mulher em que a memória desempenha um papel fund

Velhas com tatuagens

Desde que soube que as velhas em Inglaterra exibem alegremente as suas tatuagens, pintadas há algumas décadas, e os velhos insistem nos penteados Punk, apesar das carecas, comecei a medir a evolução social de um país de forma diferente. Para estes velhos "bifes" demonstrarem uma atitude tão jovem, descontraída e descomplexada, para além das indeléveis marcas de um passado igualmente futurista (segundo os nossos valores), deduzo que a maior parte da sua sociedade mais recente tenha, pelo menos, o mesmo nível de desbloqueio mental. Claro que todos sabemos que as novas gerações britânicas ultrapassam, como é natural, as mais velhas em todos os aspectos. É com muita pena que observo a nossa população e chego à triste conclusão que para atingirmos o nível inglês actual, ainda nos faltam pelo menos três décadas. Quando os jovens de hoje, já devidamente tatuados e um bocadinho descomplexados, se tornarem nos velhos malucos do amanhã. A actualidade portuguesa geriátrica dá conta de d

Num país de vilões, os heróis têm pensões

Pronto! Já está! Finalmente vi o Homem-Aranha 3. Gostei! É um filme intenso. Só fiquei um pouco triste ao pensar que aqui estava um super-herói que a cidade de Lisboa, ou qualquer outra do nosso país, nunca poderia acolher. O aracnídeo não durava muito tempo nesta cidade quando começasse a balançar nas suas teias: ora são os prédios que não são altos o suficiente, ora são as avenidas que só têm prédios de um lado ou são demasiado largas, ora é a qualidade do estuque que não aguentaria com o seu peso. E depois os locais realmente problemáticos geralmente não têm construções com mais de dois andares. Não! Esta cidade é mais apropriada para um homem-chita ou um homem-leopardo. No fundo um que corra bastante. O Flash! E outros super-heróis? Uns X-Men não fariam nada de jeito cá porque as suas mutações seriam todas aproveitadas para o mundo da construção civil: Wolverine, cortador de aço; Storm, mudaria o tempo para que chovesse sempre - como todos sabem é na época de chuvas que as obras sã

Uma questão de tamanho!

Quem pretender visualizar um tamanho mais longo, visualizar aqui . O relato de mais uma conversa muito estimulante entre mim e o meu grande amigo João Pinto enquanto bebiamos umas cervejas. Desta vez tudo girou à volta dos tamanhos e de quais, mais longo ou mais curto, as pessoas gostam mais. - Mas não achas que elas se aborrecem se for muito longo? Quer dizer, tem as suas vantagens mas se for mais curto é mais concentrado. - Eu prefiro mais curto, é o meu estilo. - Pronto! Temos estilos diferentes, mas também não há problema, há gostos para tudo. Enquanto tinhamos esta conversa interessante, não pude deixar de reparar que na mesa ao lado se discutia muito animadamente. Uma rapariga e dois rapazes falavam também sobre os tamanhos e as suas preferências. Olhei para o João e desatámo-nos a rir. Até aquela altura não nos tinhamos apercebido que o volume da nossa voz era um bocado elevado - culpa da cerveja - e que toda a gente ouvia a nossa conversa. - João, estás a pensar o mesmo que eu?

Eu e tu e o sonho de nós

Eu sou imperfeito, muito imperfeito. As minhas qualidades não chegam para os meus defeitos. Quem me pegar leva um produto tão completamente humano que qualquer esperança de entrada no Éden primordial é imediatamente erradicada. Eu sou o que sou mas aspiro a ser melhor sem nunca o conseguir. A percepção do que eu sou e do que poderia ser nunca me deixa porque vivo em constante pensamento. E tu, tu és perfeita aos meus olhos. Se tu os utilizasses como espelhos verias o que eu vejo. Em todos os meus sentidos está o eco da tua perfeição; para o sentires também, bastaria que tocasses, cheirasses, ouvisses, saboreasses e instintivamente saberias o que eu já sei. Já foste humana, agora és algo mais, diferente. Irradias uma luz que me cega e entorpece. Na tua presença sinto-me mais perto do Céu. Estas são as palavras que uso. Elas são tuas. São a única coisa que te posso dar agora. Por ti esvaio-me até à última letra. Escolherei as mais belas mesmo sabendo que não te fazem justiça. Aceita-as.

São é Produções Vitalícias!!!

Mais uma porcaria de um programa de humor para juntar à restante caca que existe. Estreou ontem o Boa noite Alvim (na SIC Radical) que vi mais por curiosidade em relação à Sissi - pensei que fosse desta que lhe ia ver a cara. - Apesar de gostar do Alvim não gostei do programa: Maus bonecos (aquele Quadros não tem jeitinho nenhum), um tema já batido (detectives), um (só vi um) sketch mal parido e já muito visto (discussão doméstica à mistura com filosofia e dobrado à maneira mexicana) e um Alvim gozão que não parava de rir feito puto. Os outros de que não gosto, não suporto mesmo, são o Hora H (SIC) e o Sempre em Pé (RTP2), ambos apresentados por dois tipos de que também costumava gostar: Herman José e o Luís Borges. O que é que acontece a estes gajos depois do sucesso? Perdem a inspiração? Cagam para o trabalho? Contratam gente incompetente? Não sei! Para mim, agora, só se safam dois programas: Uma espécie de magazine (RTP1) e Vai tudo abaixo (SIC Radical). O Show do Rui Unas (SI

Sonhos guardados na gaveta

Há uns bons anos atrás eu mantinha um diário onde escrevia e desenhava de vez em quando. E foi ontem, ao vasculhar os meus "tesourinhos deprimentes", que me deparei com um, o último que escrevi. Este tinha a data de 1995. Nesta altura já tinha ido à tropa havia cinco anos, já era homem. No entanto, ao lê-lo, percebi que ainda tinha a mentalidade de um adolescente - será que ainda tenho? - O diário estava repleto de relatos parvos e desenhos. O que me chamou a atenção foi uma lista de objectivos de vida que fiz na altura, e ao relê-los descobri que ainda só tinha cumprido com três de uma extensa lista. Claro que alguns dos objectivos, agora, já não me parecem tão fascinantes, como por exemplo, tirar o Brevet de helicóptero, e uma série de cursos que já não me interessam. Mas outros, como viajar num veleiro numa volta ao mundo e conhecer certos países, nunca me sairam da cabeça. Sonho com eles de vez em quando. Entretanto acumulei mais uns quantos objectivos que já não me dou a