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A mostrar mensagens de novembro, 2006

Os comedores de ideias

Se há coisa que eu gosto é de ter ideias e de desenvolvê-las. Se há coisa que detesto, são as pessoas que esperam pelas ideias (são sempre as mesmas) para tentar deitá-las abaixo. Claro que uma boa discussão acerca da "ideia" é sempre positivo, desde que daí saia uma melhor ideia. Infelizmente as discussões com quem gosta de massacrar ideias são normalmente frustrantes. Enquanto eu tento explicar a potencial complexidade da minha ideia, o meu antagonista tenta simplificá-la até esta se tornar apenas uma lâmpada fundida. Eu não me dou por vencido, e as minha ideias, estrambólicas ou não, nunca me saiem da cabeça. Volto sempre a tentar implementá-las mais tarde, isto até ter sucesso. Já o trabalho para pôr a ideia em prática não me agrada tanto. Não! Trabalho não! Trabalho não! A minha especialidade são as ideias. (Citação traduzida e livremente adaptada de Oskar Schindler , de Schindler's List )

É p'ro menino e p'ra menina!

Correndo o risco de ser rotulado, venho, mais uma vez, defender os homossexuais e as suas reinvindicações. Não vou começar a minha argumentação com a defesa preliminar da minha sexualidade alegando o que sou ou o que não sou - só me importa o pensamento daqueles de quem gosto e de quem sou próximo. Começo por dizer que sou completamente a favor, tanto do casamento como da adopção, por parte dos homossexuais. Por outro lado, também concordo com o Anarquista Duval quando se queixa dos paneleiros das casas-de-banho públicas . A realidade é que a maior parte destes são predadores, animais e completamente broncos, à semelhança da maior parte da população nacional. Por tanto, quem eu vou tentar defender são pessoas bem-formadas, ou melhor, formadas. Começo pelo casamento: Apesar de achar que têm todo o direito a se unirem numa instituição, com todas as regalias que o casamento católico tem, não entendo muito bem a necessidade da união religiosa. Religião que sempre os marginalizou. Mas, lib

A fisiologia da vergonha no português

Para enumerar as reacções de um corpúsculo português à vergonha, tenho primeiro que colocá-lo num habitat. Digamos...talvez no concerto do Fish deste Sábado na Aula Magna . O português sempre tentou ser um tipo cool, isto significa que tentamos ser tão descontraídos como os camones, embora sem sucesso. Primeiro, aparentemente relaxado, começa a "abanar o capacete" e a cantar. Infelizmente este relaxamento só dura no máximo um minuto, até que o português tome consciência do que o que está a fazer vai contra toda a sua natureza pacata. Estes períodos de "despertar" podem acontecer durante todo o evento, a não ser que o português tome medidas de defesa, ou seja, que se encharque de álcool antes do acontecimento. Vamos esquecer o alcoolizado e continuar com o menino, perdão, com o sóbrio. Depois do "despertar" o que acontece são rápidos e sucessivos espasmos nos olhos. O que podemos chamar de olhar sorrateira e rapidamente a periferia para ver se ninguém está

Quem sou eu?

Quase ninguém me compreende. Chamam-me difícil, problemático, estranho... Alguém muito próximo de mim diz que sou complicado como os velhos; as minhas colegas dizem que faço um cavalo de batalha de todas as questões; a maior parte das pessoas com quem me dou acha que sou estranho e de feitio complicado. E o que é que eu sou? Terão razão estas pessoas? A verdade é que concordo com todas estas opiniões, só não concordo é com a carga negativa que acompanha estas qualificações. Sempre fui difícil, problemático e estranho. Os velhos são mal vistos pela sociedade ocidental, mas eu, apesar das minhas piadas geriátricas, sempre tive muita consideração e "respeito" pela terceira idade. Não toda, apenas os poucos que realmente aprenderam com o passar dos anos. Por isso não costumo tomar como insulto quando me dizem que sou complicado como um velho. Também é verdade que faço um cavalo de batalha de praticamente todas as questões, gosto de ser metódico e de fazer o trabalho o melhor poss

Gajas boas e muito dinheiro

Eu sei, assim como muita boa gente sensata sabe, que provavelmente nunca serei rico ou concretizarei todos os meus sonhos. Felizmente, a minha paz de espírito e média de felicidade não sofrem com essa expectativa frustrada. Tanto é assim que não jogo, excepto quando alguém me pede para integrar uma equipa - raro! Claro que gostava de ser rico e etecetera e tal, mas à semelhança da existência de Deus, são ideias com as quais não perco o meu tempo. São as duas extremamente improváveis. Outra coisa que também gostava, era de ter as mulheres boas que quisesse e em quantidades industriais. Infelizmente, para se ter acesso a mulheres boas é necessário uma de duas coisas: muito dinheiro (quanto mais boas, mais caras) ou muito bom aspecto. Mais uma vez, infelizmente, não possuo nem uma nem outra característica. Apesar de que a segunda cada vez é menos importante pela sua inocuidade. Já agora, convém sublinhar a minha opinião de que as mulheres quanto mais bonitas mais caras se vendem. Ou seja,