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A mostrar mensagens de março, 2006

Lei da Paridade: uma lei mal parida

Quotas de um terço de mulheres para as listas eleitorais...?! Lembrei-me de repente disto quando uma colega minha me veio pedir ajuda, ou melhor, me veio pedir para carregar sozinho com um pesado objecto. Eu posso ser um pouco machista, mas se algum dia desejar melhorar, elas (as mulheres) não me estão a dar nenhum incentivo para que isso aconteça. Por favor...! Felizmente nem todas as mulheres estão a comprar esta história. Porque não se há-de esperar que as mulheres, por sua livre e espontânea vontade, decidam que a política é interessante. Bem sei que a maior parte delas têm uma vida sobrecarregada (mais do que a nossa, pelo menos): Têm que tomar conta dos pequenos; têm o emprego; têm os afazeres domésticos; etc. E esta pode ser uma forte razão para não se dedicarem a "vidas paralelas" como a da política. No entanto os filhos saem eventualmente de casa da mamã (tirando alguns casos mais difíceis como é exemplo disso o Não Anónimo ), libertando a mãe/mulher para outras tare

O intelectual

Hoje recebi um e-mail muito interessante sobre o Intelectual : letras versus ciências; e a sua desejada fusão. Eu não sou contra o ensino das ciências de uma forma geral, bem pelo contrário. Mas daí a menosprezarem-se todos os "humanistas" que não têm nenhum, ou quase nenhum, conhecimento das ciências, e por isso renegá-los a uma categoria quase vazia, não-intelectual, é um excesso. Também mostra um certo desconhecimento sobre a origem do substantivo "intelectual". E, claro, já para não mencionar da história. Eu sempre concordei com a ideia de que as letras e as ciências deviam andar de mãos unidas, seja em que curso for. No entanto, neste e-mail é dito que eu tenho defendido a ideia contrária: não passa de uma mentira caluniosa! Não sei qual das áreas terá mais importância fundamental. Mas suponho que dependa dos critérios de avaliação e interesses de cada um, por isso nem vou tentar chegar a uma conclusão nesta matéria. E-mail: " Sobre livros e ciência – rela

Ditadura para os doidivanas!

Eu sou um tipo paciente, e deve ser por isso que atraio todos os malucos das redondezas; Todos eles gostam de falar comigo; Eu simplesmente não consigo dizer - então vou-me embora. - e deixá-los lá a falar para o boneco; E depois as conversas destes gajos são sempre tão aborrecidas... Começam sempre com a reforma e de como foram enganados pelo Estado; depois passam ao local de trabalho e os respectivos colegas e de como - dizem amargamente - são autênticos escravos e mártires desses. Todos os colegas se aproveitam deles (o que não me parece difícil de acreditar); depois vem o relato de toda uma vida de experiências frustradas e da crescente falta de fé no ser humano e por conseguinte no sistema; como não podia deixar de ser, a política e a economia são os próximos temas. Para aqueles que têm mais de quarenta e cinco anos, o fascismo (a ditadura) é sempre a melhor e única e derradeira alternativa para o futuro; acabam por onde começaram, e avisam: (...) se não temos rapidamente uma nov

Saloios: foleiros e javardos

Regras de etiqueta ! Não pretendo ser nenhum especialista (longe disso), mas isso não me impede de saber três coisas fundamentais: Primeiro, utilizar sempre a boa educação, dentro e fora de casa. Esta está intimamente ligada às regras de etiqueta; Segundo, e decorrente da utilização constante da primeira, ser descontraído e natural em qualquer situação, por mais formal que esta seja; Terceiro, para fechar o ciclo e iniciar outro, utilizar o bom senso. Este é importante para se chegar à auto-boa-educação (na falta da original) e para as situações imprevistas, aquelas que não vêm em nenhum manual de regras de etiqueta. Não confundir regras de etiqueta com protocolo , embora uma e a outra se possam confundir por vezes. Existem para n situações e n países/regiões, protocolos muito diferentes. Sugiro que só se abordem os fundamentais. Para dar um exemplo regional de um protocolo que pode ser confundido com etiqueta, vou descrever três situações que, no nosso país, são consideradas de ext

Nem sexo, nem filmes!

Ao longo dos anos tornei-me muito esquisito em relação à companhia que levo ao cinema. O que também é verdade no que toca a ter relações sexuais. Preciso de uma certa empatia com a pessoa ou pessoas que vêem um filme comigo. Mas só tenho estas "manias" se for a primeira vez que vir o filme. A primeira impressão e memória do filme é (normalmente) a que fica. A não ser que o filme seja demasiado bom. Por exemplo, se for com uma pessoa que só sabe mandar bocas durante o filme - cruzes, credo! - as minhas memórias desse momento ficarão para sempre envoltas numa névoa de piadas estúpidas; Se for com uma pessoa que anda sempre deprimida, nunca mais conseguirei ver esse filme sem o associar à depressão; Etc. Sim, eu também falei em relações sexuais... O cinema é uma experiência boa demais para ser partilhada com energúmenos e outros animais. A seguir ao sexo e à masturbação (não a seguir: ordem; mas a seguir: prazer), não há nada como um bom livro ou um bom filme. Sendo que o sexo e

Depois da barbárie

Eu sou o tipo de pessoa que tem tendência para observar os pormenores desagradáveis da vida social. Ao invés de ficar maravilhado com belos sorrisos, gestos e atitudes, eu procuro sempre os podres - A decadência da humanidade é o meu ninho. Só para referir alguns exemplos, um que me chama mais a atenção é o aperto de mão amigável, não tanto o processo em si, mas o que decorre depois é o que me faz sempre sorrir. Gosto de ver o que os "apertadores" fazem com as suas mãos. E, invariavelmente, a tendência é a limpeza destas de forma dissimulada (pensam eles) ao pedaço de tecido que estiver mais à "mão". Também gosto de ver o que acontece antes do aperto, quando alguém tem a mão suada: a limpeza das mãos dentro dos bolsos é divertida, mas nada bate o esfreganço desta no rabo. Outro, é tentar perceber, numa conversa entre duas pessoas, quem se sente superior. Seja pelo tom condescendente e/ou paternalista que um adopta, ou pelo simples revirar de olhos quando o outro não

A hora maldita!

Gostava de saber quem é que decide em que dia da semana se faz a alteração da hora. Porque é que roubam sempre no fim-de-semana? Não podiam roubar no dia de semana, durante o horário de trabalho - Olha! Faltavam duas horas para sair, mas agora só falta uma...que bom! Bendito seja o gajo que muda a hora! Assim, só me resta amaldiçoá-lo. E de certeza que não sou o único a fazê-lo - Olha! Ainda agora era Sábado e de repente já é Domingo...que merda! Maldito seja o gajo que muda a hora!

Resmas de desburocratização

Para mim, esta desburocratização do Governo é só areia que me estão a atirar aos olhos. Claro, tem havido medidas anunciadas que são interessantes - para mim e outros poucos, que temos internet - como o plano tecnológico , mas muitas delas são um engano. Por exemplo, o protocolo entre o Governo e a Microsoft , em que a MS fornece gratuítamente (creio que é assim) os meios para a formação de vários milhares de portugueses. O que eles não dizem é que no final - e aqui sou eu a deduzir - o nosso Governo (Administração Pública) provavelmente se terá que comprometer a só comprar software, ou uma quota parte significativa, à MS. Então se o futuro, dizem, está no software livre e no Open Source (código aberto, ou seja, qualquer pessoa pode reescrevê-lo), quer-me parecer que estamos, outra vez, a dar dois passos atrás. Porque é que o Estado, simplesmente, não promove a formação de uma parte significativa da população sem ajudas corporativistas? Formação essa que teria que ser, em relação aos

És muita porreiro pá!

Já acabou este Congresso (...). Deu trabalho, mas foi interessante. No final sobram sempre pastas, canetas, etc. Este ano até demos pens (nada de confusões). Infelizmente, estas foram todas à vida. Eu próprio, só consegui arranjar umazinha para mim. Onde trabalho secretariamos/organizamos vários eventos por ano. Antes e depois destes, tenho sempre várias pessoas a pedirem-me pastas e outras coisas. Infelizmente, como sou o único Macho no local onde trabalho, as pessoas vêm sempre ter comigo. Não creio que seja mais simpático que as minhas colegas, ou talvez seja, mas elas, como de resto é costume nas mulheres em geral, são mais fechadas e não dão trela à maior parte das pessoas. E, acima de tudo, sabem dizer Não muito melhor do que eu. Durante e depois destes eventos, torno-me paranóico em relação às pessoas que não conheço bem. Especialmente se estas, súbitamente, começarem a ser muito simpáticas para comigo. Tenho que confessar que já fui enganado algumas vezes por miúdas giras...

Lembras-te?

É sempre complicado fazer chalaças com pessoas que se esquecem facilmente das situações de humor vividas em comum. Há alturas, quando tento fazer um trocadilho ou passar uma mensagem humorística com determinada referência que penso que será recordada, em que sou olhado de soslaio, ou pior, agredido verbalmente. Ainda há pouco disse uma coisa engraçada a determinada pessoa, com uma referência partilhada por ambos, e recebi um olhar de interrogação acompanhado de um ar de tolerância a cair para o desprezo. O que me deixou numa situação complicada: Tinha que resolver aquilo. Rapidamente expliquei a piada e lembrei a referência, mesmo a tempo de me desviar de um " tenho mais que fazer! " ou de um " não tens nada que fazer? ". Claro que já passei por situações muito complicadas. Quando a referência é demasiado complexa e/ou longa, eu, pura e simplesmente, desisto de explicar. Nestas situações, é escusado dizer, passo sempre pelo parvinho que está sempre a dizer coisas

O regresso da besta anónima: o chibo

O anormal anónimo, após uma longa ausência, voltou a atacar. Infelizmente (para ele) o seu ataque não só não foi eficiente, como mostra a verdadeira personalidade do protozoário anónimo. Eis o e-mail que recebi da mosca anónima: " Bom, está demais, fui ao Bogspot e, procurei plas ocorrencias "Sexo" , só para ver o nível médio de qualidade deste servidor de Blogs, mais nada! E fui encontrar, não putaria, mas criticas ao Júlio Machado Vaz no Badalhog do André (estou fadado, irra!). Pois então, chibei-me ao Júlio, dando-lhe o link, assumindo o papel de Nero (quero ver tudo a arder). Então, o Júlio respondeu, como eu previ, se não, não me tinha chibado! Humilde, esse Júlio e, bem humorado! Não adianta de nada, ao Júlio, mas o facto é que subiu, ainda mais, na minha consideração e estima, bem como admiração. É ver em... http://vozesdarevolta.blogspot.com/2006/01/sexo-para-acordar.html " Como eu não sou covarde como a melga anónima, na altura que escrevi esse post fi

Também quero ser fundamental!

Li no Público que cem mil portugueses "fundamentais" vão receber antiviral em caso de pandemia - isto numa primeira fase, claro! -, o que eu gostava de saber é se esta lista será publicada. Gostava de saber, para referência futura, quem são esses cem mil pilares sem os quais a nossa sociedade se desmembraria. É que sempre ouvi dizer que ninguém é insubstituível. Isto, claro, em relação às pessoas funcionais da sociedade. Ou seja, não contando com os artistas, os niilistas e os gestores. E se toda a gente morresse menos estes (desconhecidos) cem mil? Quem são eles? A nossa sociedade ficaria melhor só com eles? Haverão elas? Velhas ou novas? ...e boas? E as putas? E os religiosos ? E os ateus ? Haverá diferença? E os entertainers? Ou serão só os broncos dos bombeiros e os chatos dos políticos? O Unas? O Markl? O Pina? O Feio? - O Herman pode ir à vida! E quem escolhe? Posso escolher-me? Posso pôr umas cunhas? E os diplomatas, os turistas, os VIP estrangeiros, também estão eng

Manifesto contra o novo totalitarismo

MANIFESTO: Together facing the new totalitarianism After having overcome fascism, Nazism, and Stalinism, the world now faces a new totalitarian global threat: Islamism. We, writers, journalists, intellectuals, call for resistance to religious totalitarianism and for the promotion of freedom, equal opportunity and secular values for all. The recent events, which occurred after the publication of drawings of Muhammed in European newspapers, have revealed the necessity of the struggle for these universal values. This struggle will not be won by arms, but in the ideological field. It is not a clash of civilisations nor an antagonism of West and East that we are witnessing, but a global struggle that confronts democrats and theocrats. Like all totalitarianisms, Islamism is nurtured by fears and frustrations. The hate preachers bet on these feelings in order to form battalions destined to impose a liberticidal and unegalitarian world. But we clearly and firmly state: nothing, not even despai