O trôpego da matemática

Eu sempre tive presente a ideia de que as minhas habilidades para a matemática são, em português mais rasca, uma bela merda.
Desde o cálculo mental às noções que fui aprendendo (para logo a seguir esquecer), sempre pequei por não praticar numa base rotineira.
Talvez esteja a exagerar um pouco, porque tentei sempre estudar apenas o suficiente para tirar positiva. Infelizmente, esta aprendizagem tão leve também seria efémera.
Tive a perfeita noção da minha nabice este feriado quando a minha sobrinha, de apenas dez anitos, me desafiou para resolver uns problemas sobre tempo (horas, minutos e segundos).
Apesar de eu já ter aprendido todos estes cálculos há muitos anos atrás, descobri que (surpresa!) já não me lembro de como resolvê-los.
Humilhação das humilhações, a "pequenota" teve que me ensinar. Ainda por cima isto tudo se passou num sítio público, numa esplanada.
Enquanto a minha sobrinha me ensinava, eu observava a senhora que estava sentada á frente de mim, a mexer-se de um lado para o outro, claramente desconfortável.
Claro que quando esta senhora se levantou, a primeira coisa que fez foi olhar para mim com um ar espantado. Eu só posso imaginar o que poderia estar a pensar: "Burro!".
De qualquer maneira, no que toca a aprender, e desde que isso não envolva qualquer tipo de humilhação pública (ou mesmo privada), estou sempre pronto para velhas coisas novas.

Comentários

Avelã disse…
eheheheh deixa lá andrezito, não me parece assim tão grave tendo em conta que matemática para a maioria dos portugueses é chinês!
André disse…
A minha mãezinha sempre me ensinou a não olhar para o lado para os maus exemplos, apenas para os bons.
Por isso quando me auto-flagelo é porque não consigo (nem tento) ser melhor e não porque sou igual aos piores, aos maus.
O pior de tudo é que até gosto de matemática mas dá muito trabalho.
Meninas, toca a estudar!
Frontwave disse…
André, a matemática é um bocadinho como as mulheres: diz-se que tem toda a lógica do mundo, mas na verdade nunca havemos de compreendê-las...
E quanto a sermos ensinados por essa menina de 10 anos, eu também já passei por isso e relativamente a assuntos bem piores. Levo cada bailinho...
Anónimo disse…
Então não sou só eu? Porque o pai ficou muito caladinho...não era nada com ele.
Anónimo disse…
Ena ena! Aquele meu comentário do Princípio da Incerteza, já te serviu de alguma coisa! Pena é que não tenhas articulado bem as coisas.
Olha que o problema da Matemática não está só no trabalho que dá em aprende-la, essa é uma má desculpa.
Anónimo disse…
Ainda bem que escreves. Podias-me fazer um favor e esclarecer-me e os outros (neste blog) sobre o assunto de que falas s.f.f. aqui
Frontwave disse…
Claro que o pai ficou caladinho! A avaliar por alguns momentos fumorísticas da pequena criatura, imagino o papá com olhos esbugalhados de espanto quando ela tem determinadas saídas! Além disso, fala melhor espanhol do que nós falamos inglês.
E pensar que com a idade dela só queria jogar à bola...
Anónimo disse…
Posso esclarecer aqui, o que quiseres, basta dizeres exactamente o quê, sobre o tema em causa. Não me posso alongar muito, até porque provocaria sonolência. Perfiro comentar aqui, pois lá não conheço ninguém (só o Ludwig, de nome), mas se fizeres questão, poderei comentar lá, mas nesse caso pergunta-me lá e avisa-me.
Unknown disse…
eu além de nunca ter sido bom a matemática, também a odeio...

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