Eu cá gosto é de trabalhar a solo
Eu não gosto de trabalhar em equipa. Tenho um péssimo feitio para aturar outras velocidades que não a minha: se são muito lentos, começo a ficar com nervoso miúdinho, se são mais rápidos do que eu, fico frustrado e irritado pela minha lentidão. Por isso, trabalhar comigo é uma tarefa ingrata.
Até os meus chefes já o sabem - não sei como -, e de vez em quando perguntam-me se não estão a ser muito chatos ou então dizem, uns aos outros, que "O André gosta de trabalhar sozinho. Não o chateies muito".
Já chegou ao ponto de, na última Comissão Directiva, a então Presidente me ter vindo pedir se eu não me importava de "aturar" por algum tempo um Professor. Tinha que o ajudar a elaborar um opúsculo e devia tentar ser paciente com ele. Eu fiquei parvo com este pedido, não só porque gosto muito do Prof. em causa e nunca seria mal educado com ele, como também porque não tinha percebido, até então, que tinha a fama de impaciente, ou melhor, que a minha fama de impaciente já se tinha espalhado tanto.
Eu gostaria de dizer que não sou estúpido porque não me irrito com pessoas importantes, infelizmente não o posso dizer. Sou mesmo estúpido, porque quando me chateio as únicas pessoas importantes para mim são aquelas que não me estão a chatear nesse momento.
Felizmente, até hoje tenho tido sorte; nunca nenhum superior hierárquico me mandou à merda como eu às vezes merecia, mas também há que dizer (em minha defesa) que para que isso não tenha acontecido ainda é porque sou responsável, eficiente e rápido a fazer o que me pedem - esperem, tenho que limpar a baba.
Gostava de poder terminar com um pedido de desculpas a todos com quem tenho implicado, mas isso iria contra a minha natureza. Eu quero é que não me chateiem com mariquices quando estou cem por cento concentrado no que estou a fazer.
Até os meus chefes já o sabem - não sei como -, e de vez em quando perguntam-me se não estão a ser muito chatos ou então dizem, uns aos outros, que "O André gosta de trabalhar sozinho. Não o chateies muito".
Já chegou ao ponto de, na última Comissão Directiva, a então Presidente me ter vindo pedir se eu não me importava de "aturar" por algum tempo um Professor. Tinha que o ajudar a elaborar um opúsculo e devia tentar ser paciente com ele. Eu fiquei parvo com este pedido, não só porque gosto muito do Prof. em causa e nunca seria mal educado com ele, como também porque não tinha percebido, até então, que tinha a fama de impaciente, ou melhor, que a minha fama de impaciente já se tinha espalhado tanto.
Eu gostaria de dizer que não sou estúpido porque não me irrito com pessoas importantes, infelizmente não o posso dizer. Sou mesmo estúpido, porque quando me chateio as únicas pessoas importantes para mim são aquelas que não me estão a chatear nesse momento.
Felizmente, até hoje tenho tido sorte; nunca nenhum superior hierárquico me mandou à merda como eu às vezes merecia, mas também há que dizer (em minha defesa) que para que isso não tenha acontecido ainda é porque sou responsável, eficiente e rápido a fazer o que me pedem - esperem, tenho que limpar a baba.
Gostava de poder terminar com um pedido de desculpas a todos com quem tenho implicado, mas isso iria contra a minha natureza. Eu quero é que não me chateiem com mariquices quando estou cem por cento concentrado no que estou a fazer.
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