Não me ocorre nada!

Estou tão habituado a escrever todos os dias no meu caderno - histórias que às vezes passo para aqui - que quando não tenho ideia nenhuma, fico, numa espécie de obsessão, a espremer o cérebro para ver se sai alguma coisa.
É assim que me encontro agora.
Talvez seja a altura de fazer um balanço destes últimos anos em que resolvi voltar a escrever.
Enquanto o blog já perfaz cerca de quatro centenas de historiazitas, a minha gaveta (em casa) vai acumulando outras tantas que não podem ser publicadas.
Umas porque me colocariam numa posição demasiado vulnerável, outras porque não seria justo para as pessoas sobre quem escrevi.
Ao princípio comecei a medo, não sabia se seria boa ideia colocar-me na posição de um livro aberto para todos que quisessem me desfolhar. Mas à medida que ia explorando, aprofundando e dissecando a minha (e dos outros) maneira de ser, comecei a chegar à conclusão que realmente não havia nada a temer.
Eu sou - pensei eu - um gajo normal. Viva!
Quem tem a mania de pensar muito, de analisar cada pequena coisa que sucede, acaba por chegar à conclusão que está um bocadinho fora do espectro da normalidade. Mas quando partilhamos os sentimentos, emoções e pensamentos, o resultado que vem do feedback, leva-nos a concluir que afinal não estamos assim tão desviados desse espectro.
Hoje estou feliz. Afinal não sou alienígena.
Quanto mais partilho, mais quero partilhar; só uma forte auto-censura me limita de transbordar.
Agora já estou mais descansado, já escrevi qualquer coisa.

Comentários

Avelã disse…
ai andrezinho o que eu gostaria de ler os textos guardados.... principalmente aqueles sobre quem conheces, devem ser o maximo tendo em conta que és excelente a escrever sobre pessoas
André disse…
Querias e obrigado.
És uma malandra de uma cusca.
moimeme disse…
Partilha-te...
que eu quero saber-te!

abraço T
André disse…
Mais ainda...? Há coisas que têm que ficar para a santidade do íntimo.
André disse…
Eu vou ver se não espremo em demasia, nunca se sabe o que pode sair daqui
Frontwave disse…
Acima de tudo, se tiveres histórias obscuras sobre o meu favorito e único tio, PUBLICA! PARTILHA PARTILHA PARTILHA!
João Pinto disse…
É evidente que o meu único e favorito sobrinho ainda não largou as experiências com os cactos ácidos da Colômbia!! Tem juízo rapaz, come antes uma peça de fruta que te faz melhor!!
Sem disse…
Bem, se pensares que se publicares um textozinho desses que tens guardados não espremes tanto o cérebro, se calhar até vale a pena em dias menos inspirados... Poupa-te, rapaz, poupa-te! :)
Frontwave disse…
Olha, pra começar não fales mal dos cactos ácidos da Colômbia porque esses sim, são nossos amigos!
E de resto... o que é que o André tem guardado que te inquieta, hein? Hum? Hum? (I wonder why I can´t remember my childhood...? - Because of the Marillion album?)
André disse…
Bem....! Parece que isto andou animado.

Sérgio: assim que tiver coisas "horríveis" sobre o teu único (e favorito) tio, relatarei. O mundo será o primeiro a saber...e tu claro!
Abraço

Princesinha U.: vou pensar nisso. Não é má ideia.
João Pinto disse…
Sérgio Sérgio, sempre te ouvi comentar que as tuas recordações de infância eram nulas!! Porque será??? Deve ser de ouvir muito Misplaced Childhood e Final Cut!!! Pois, Pois!! Essa tua queda para o basquete tem explicações recalcadas???
André: Estou com medo do poder da tua escrita!! brrrrrrrr!! Que medo!!!

um abraço para todos
Frontwave disse…
Paulo: Tens noção que a judite tem acesso a estes textos certo?
André: 5 euritos e lixamos o gajo? O que me dizes? Abraços!

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