Eu não sou totó!

- Eu tenho um feitio tramado! - De tanto dizer isto alguém há-de acreditar em mim.
Umas das características deste meu feitio é a inflexibilidade em determinadas coisas.
Se, por exemplo, me tratarem com duas pedras na mão quando eu não dou razão para isso, recuso-me a continuar a agir como se estivesse tudo bem. Quando me tratam assim corto logo o mal pela raíz, seja homem ou mulher; goste muito ou (melhor) não.
Lembro-me que quando era puto tinha um amigo, o meu melhor amigo na altura, que teve o azar de me tratar mal mais do que uma vez. Eu não tive com meias medidas e e disse-lhe que ou ele mudava de atitude ou deixávamos de ser amigos. Ele não mudou, eu nunca mais o vi.
Até hoje tenho sido sempre assim, sem arrependimentos. Não admito que ninguém me trate mal. Obviamente, não sou radical; dou sempre hipótese de redenção. E uma vez terminada a relação também não sou rancoroso, varro de vez essa pessoa da minha cabeça. Para mim é o fim.
Não vou estar aqui a atirar pedras sem confessar que também já pequei, e muito. Mas eu sei pedir desculpa quando é necessário. Eu costumo reconhecer o meu erro e se não o fizer, uma simples conversa comigo é o suficiente para me por na linha.
Agora, e o porquê desta minha inflexibilidade? Aqui é onde entra a minha imaginação paranóica que me leva a fazer filmes mentais em que eu encarno a personagem que não toma nenhuma atitude perante a agressividade humana a que é sujeito rotineiramente, tornando-se num totó. Um nabo. E isso é coisa que sempre me recusarei a ser.

Comentários

Sofia disse…
Boa tarde!!!!

Este post faz me lembrar um pouco o seguinte; aquelas pessoas que metem o punho ao peito e dizem; EU CÁ SOU ASSIM, SOU MUUUITO AMIGO DO MEU AMIGO (e fecham os olhos para dar enfase à coisa) MAS SE ME LIXAREM (e aí abrem os olhos bem grandes) EU SOU TRAMADO!!!!

OK, agora diz me quem não é assim, quem suporta má criações, faltas de respeito e tal e coiso.....
A não ser que a pessoa valha a pena, e por menor que a nossa auto estima seja, há coisas que não deixamos. A não ser que se goste mesmo da pessoa (que é o meu caso em relação a ti....onde andas pah?)
André disse…
Eu sou muito amigo do meu amigo, e os meus grandes amigos não me fazem isso. Nem eu faço isso a eles; quando o faço peço desculpa.
João Pinto disse…
Quem é muito amigo, mas mesmo muito amigo do seu amigo, não mete o punho ao peito a dizer isso. Porque ambos sabem o sentimento de amizade que o une!!
O teu post, André, reflecte muito bem alguns dos conceitos de amizade que partilhamos!!
Um abraço
Os verdadeiros amigos não fazem estas coisas!
Por isso é que os meus são poucos mas bons.
Mas, como tudo na vida há excepções:
Tinha uma amizade de 20 anos que acabou de um dia para o outro porque se há pessoa que eu sempre apoiei na minha vida, foi essa e no pior dia da minha vida, ela riu-se na minha cara e mandou-me remeter-me á minha ignorância...

Já lá vão 3 anos. Não sei se é morta ou viva e sinceramente se não fosse querer comentar este post acho que não voltava a falar no assunto.

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