O caçador e a presa

Quando vou na rua, não gosto nem de escoltar nem de ser escoltado, mas goste ou não acontece...
O que é que eu quero dizer com isto?
Refiro-me a andar na esteira de alguém involuntariamente, ou vice-versa.
Eu suspeito que tanto o escoltado como o "segurança" se sentem incomodados por estarem naquela posição. Um pensa que o outro pensa que é um tarado, o outro pensa que é um tarado, ou pensa que o outro não pensa e é um acaso. Fiz-me entender? Não! Que surpresa.
Tem tudo a vêr com as manias de perseguição e paranóias que todos os seres humanos possuem.
Tanto seguido como seguidor se sentem desconfortáveis na sua posição. Quanto mais não seja porque (quase sempre) nenhum é aquilo que pensa que está a ser ou que pensa que o outro pensa de si.
Na prática, quando isto me acontece e eu sou o perseguidor, e se não for uma gaja com um bumbum muito bom, tento ultrapassar para não me começar a sentir mal por fazer o outro sentir-se mal. Se eu for o perseguido: neste caso não me chateio muito, mantenho o meu passo. O outro que pense o que quiser sobre o que eu estiver a pensar.
É interessante vêr que a nossa empatia pelos outros só funciona num sentido.

Nota final: Detesto quando algum membro da terceira idade vai à minha frente. Faço sempre questão de ultrapassá-lo. Às vezes é duro, os sacanas andam depressa.

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