Revoltantemente lamechas

No que toca a casamento, ou melhor, quando penso numa eventual união entre a minha pessoa e uma mulher, não consigo deixar de carregar certos medos comigo.
Tenho pavor de, sem dar por isso (até ser tarde demais), me casar com uma mulher que me anule, que me castre (não literalmente, claro!). Para ser honesto, que seja parecida com a minha avó.
A minha avó, desde que me lembro, que anula, quase completamente, o meu avô. E posso dizer que a culpa é dos dois, é partilhada. E este é o meu maior medo.
Por outro lado, tenho medo da mulher que se anula a si própria para satisfazer-me. Que se esvazie para me encher.
Esta seria completamente inócua, desprovida de vida própria. E, consequentemente, infeliz, e eu juntamente.
Infelizmente, conheço muitas mulheres assim. E não são de "outras" gerações.
Nem entre os dois pratos da balança está o que eu quero. O que eu quero não tem nada a haver com a anulação ou qualquer forma de esclavagismo dissimulada.
Talvez eu não conheça a realidade tão bem, ou nada, como julgo. Talvez o que eu quero existe em abundância. Talvez apenas tenha tido azar no que toca a exemplos.
Mas, afinal de contas, o que eu quero é simplesmente uma mulher que me faça feliz apenas por que é feliz... e que, sem a miníma dúvida possível, me ame/a ame.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sal debaixo do tapete

Cambada de retrógados!!!

O Diário de A(na)lfabeta