Morte, impostos e melgas
As indirectas conseguem ser frustrantes quando o interlocutor faz-se de parvo ou é.
Seria de esperar que perante uma pergunta tipo - O que é que fazes este fim-de-semana? Vais estar em casa? - a que fosse dada a seguinte resposta - Ahnnnnnnnnnn.... vou! Quero dizer, tenho que fazer uma coisa, mas não sei a que horas nem a que dia. -, fosse o suficiente para que se subentendesse que - Realmente vou estar em casa, mas não me apetece aturar-te.
Acho que um Ahnnnnnnnn demorado já demonstra toda a hesitação que se sente quando não se está receptivo à companhia; Já a desculpa de fazer algo (coisa não identificada), algures (sítio não identificado), não agendado (tempo não descrito), é o remate perfeito no caso de incompreensão do Ahnnnnnnn.
Claro que a reacção que recebi foi um - Não te preocupes, eu apareço ao fim da tarde. A essa hora já deves estar em casa. - para meu grande aparvalhamento. O que dizer perante uma afirmação destas?
E depois eu sou um gajo que fica a matutar e a prevêr que o eventual "convívio" irá ser uma seca. Isto é o suficiente para me aborrecer durante horas, às vezes durante dias.
Os americanos dizem que há duas certezas na vida: a morte e os impostos, e por esta ordem de desgraça; Eu gostava de juntar mais uma e fazer esta expressão ficar com um ar mais português: a morte, os impostos e as secas.
Quando penso nas coisas que me atormentam e na quantidade de tempo que dispenso a cada uma, chego à conclusão que o Além e o IRS não chegam sequer perto da melga que eu sei que irei aturar mais cedo ou mais tarde.
Comentários
Por exemplo...metes-lhe um afrodisíaco qualquer forte no chá,e depois quando ela andar já a trepar pelas paredes...dás uma de cavalheiro e mostras-te escandalizado com a reacção depravada dela (ISTO SE ELA NÃO FOR BOA!!!CLARO!!!!).Garanto-te que elá nem olha para ti durante algum tempo com vergonha.
Quanto ao afrodisíaco, não sei...mais não posso dizer neste meio.