O bolo azul
Para grande irritação da minha mãe, eu sou daquelas pessoas que tem que cheirar tudo antes de provar. E faço-o com um ar inquisidor (se não mesmo inquisitório). E depois digo-lhe: "não está bom, nem está mau, come-se!" ou "falta aqui qualquer coisa...". Ela não acha piada nenhuma. Eu acho.
Para dizer a verdade a minha mãe não é a melhor cozinheira que conheço, longe disso. Então, por segurança, vejo-me obrigado a cheirar e a atestar a textura, forma e cor.
Ainda hoje se contam histórias do célebre bolo azul que a minha mãe fez e eu comi. Não deviam ter passado mais de vinte minutos quando começou a fazer efeito: comecei a sentir-me mal disposto, com uma pressão no peito, que eu pensei ser algum ataque cardíaco - sempre fui um bocado mariquinhas -, o que me levou a ir rapidamente para o Hospital Santa Maria (onde nasci) às urgências.
Depois de me fazerem o diagnóstico, com algumas perguntas e apalpões, disseram-me que eram gases e deram-me um Kompensan...esqueci-me de dizer que fui ao hospital com a minha prima Carla, e que quando fomos para casa ela foi o caminho todo a massacrar-me com fortes gargalhadas. De qualquer maneira sempre posso dizer que se não fosse o Kompensan tinha arrebentado, como no Sentido da Vida, dos Monthy Python.
Aprendi a lição e agora são raras as vezes que como em casa da minha mãe. Quando lá vou, espreito sempre, com um ar desconfiado, para a cozinha.
Para dizer a verdade a minha mãe não é a melhor cozinheira que conheço, longe disso. Então, por segurança, vejo-me obrigado a cheirar e a atestar a textura, forma e cor.
Ainda hoje se contam histórias do célebre bolo azul que a minha mãe fez e eu comi. Não deviam ter passado mais de vinte minutos quando começou a fazer efeito: comecei a sentir-me mal disposto, com uma pressão no peito, que eu pensei ser algum ataque cardíaco - sempre fui um bocado mariquinhas -, o que me levou a ir rapidamente para o Hospital Santa Maria (onde nasci) às urgências.
Depois de me fazerem o diagnóstico, com algumas perguntas e apalpões, disseram-me que eram gases e deram-me um Kompensan...esqueci-me de dizer que fui ao hospital com a minha prima Carla, e que quando fomos para casa ela foi o caminho todo a massacrar-me com fortes gargalhadas. De qualquer maneira sempre posso dizer que se não fosse o Kompensan tinha arrebentado, como no Sentido da Vida, dos Monthy Python.
Aprendi a lição e agora são raras as vezes que como em casa da minha mãe. Quando lá vou, espreito sempre, com um ar desconfiado, para a cozinha.
Comentários
E lembro-me da fase das panquecas - todos os dias panquecas, só mudava o recheio. Ainda n'outro dia estive a falar com a mamã sobre isso, ela ria-se que nem uma desalmada. Vá-se lá saber porquê...
Também houve a fase do pudim de peixe; das experiências com bolos, uma das quais resultou neste que se tornou azul.
Quando fui comer esse tão famoso prato, percebi que algo estava errado e disse-lhe: Mamã, o sabor está esquisito. O que é que se passa?
Nisto ela, com um ar inconsolável, disse-me que tinha deixado queimar e quase não tinha sobrado molho nenhum, o que ela remediou ao acrescentar água.
Aí eu percebi porque é que aquilo não sabia a nada...era só agua!
hehehehehehe