Escarretas e velhos

Se há coisa que não suporto são os velhos escarreteiros.
Em português decente diz-se cuspo, mas o que estes gajos - os velhos - fazem, é de tal forma nojento que houve a necessidade de inventar uma nova palavra, igualmente nojenta: a escarreta!
Sempre que vejo um velho a mandar uma, traço-lhe (sem olhar para ela, para não ficar cego) logo a rota. Assim não corro o risco de pisá-la e escorregar.
Se ouço o muito audível ruído de uma, mesmo atrás de mim, procedo à minha cara de nojo habitual, olho para trás e para as minhas calças. Não fico descansado enquanto não chego a casa para passar uma inspecção geral ao meu vestuário.
O mais engraçado é que estes gajos quando vão para o estrangeiro mudam logo de atitude. O nosso país deve ter uma tabuleta à entrada que diz "Zona Livre para Escarretas".
Os únicos velhos que me tranquilizam são aqueles que trazem uma máscara de oxigénio. Estes já não conseguem cuspir. Se o fizessem, das duas uma: ou entopiam a máscara, ou ficavam de tal forma secos que desidratavam até à morte.
Um acessório igualmente nojento, e que é transportado por estes cuspidores, é o lenço. Mas quantos metros de tecido levam eles? Se passam a vida a cuspir e a assoarem-se lá para dentro, deveria chegar a um ponto de ruptura, mas aparentemente não. Passam o dia nesta brincadeira. Não fosse eu já ser crescido diria que não é um lenço mas sim a mala do Sport Billy.
Só ainda não me decidi de qual eu gosto menos, se das verdes ou das amarelas...não, não são as malas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sal debaixo do tapete

Cambada de retrógados!!!

O Diário de A(na)lfabeta