Carregar sofás já não é o que era
Ao fim de vários dias de perseguição, com o objectivo de me fazer carregar um sofá, a minha mãe apanhou-me. Ao carregá-lo, momentos semelhantes àquele desfilaram em rápida sucessão na minha mente. O que provocou esta near death experience foi: primeiro, o sofá era pesado e não dava jeito para carregar; segundo, e mais importante, o carregador ajudante...
Antes de descrevê-lo, tenho primeiro que lembrar algumas figuras, minhas (nossas) conhecidas, e a sua relação com o transporte de objectos pesados e de volume e massa desconhecidos.
Primeiro houve aquele (figura querida de todos nós - os carregadores!) que quando se deparava com um objecto para transportar, dava um passo atrás e dizia: "temos que pensar sobre isto de forma empírica!"; e seria a atitude mais inteligente a tomar se estivéssemos a olhar para um pesado e complicado objecto e não uma escrivaninha...!
Houve também aquele que não mexia uma palha (não tirava as mãos dos bolsos) enquanto EU não lhe dissesse exactamente aquilo que íamos fazer. Tinha que lhe dar instruções para todos os movimentos - era frustrante!
O meu favorito, porque também sou assim, é aquele que para transportar um frigorífico de um segundo andar para o rés-do-chão, olha para mim e desata-se a rir, isto de dois em dois degraus, o mesmo acontece comigo, reduzindo o rácio de dois degraus para um. Ou seja, um percurso de dois andares pode bem ser relativamente rápido para qualquer outra pessoa, mas se formos os dois incubidos de tal tarefa conjuntamente, é certo que vamos demorar pelo menos uma meia hora. Não sei se já disse que demoramos quinze dias a pintar uma casa e no fim resolvemos fazer um jogo de futebol (para comemorar) que deixou algumas marcas nas paredes, obrigando a mais dois dias de pinturas para tapar as respectivas...
Depois existem as mulheres. Trabalhar com elas é coisa a que me recuso terminantemente...umas vezes sem sucesso; Elas são complicadas e picuínhas, e, para agravar, são fraquinhas! Eu gosto de pensar em mim, homem, representante dos homens, como um ser prático, com planos que começam de forma simples e só depois se vão complicando (tipo funil). A mulher é ao contrário, primeiro complica e depois...tenta simplificar, o que torna as coisas piores, pelo menos para as nossas mentes. Nós gostamos de começar a construir a partir das fundações e não com origem no vazio.
Finalmente o último carregador ajudante com quem tive que carregar o sofá ontem à noite. Só posso descrevê-lo como algo de tirano. De facto, uma coisa com um potencial tão cómico, perdeu toda a graça e tornou-se num exercício físico tensamente militar. Eu tinha "ordens" até para a exacta posição das minhas mãos. Como não gosto de ordens, não punha as mãos onde me "mandavam" pôr, o que levava a fortes argumentações do meu "patrão". Qualquer sugestão da minha parte era recebida com um: "lá estás tu!"; Felizmente, quando tinhamos descido um andar (ainda faltavam dois), ocorreu-me que podíamos usar o elevador. Fui recebido com mais um: "deixa-te lá de coisas!"; Consegui levar a minha avante, e a partir daí, nada mais de complicado há a relatar.
Dito isto, fica a nítida impressão que:
a) não gosto de carregar coisas;
b) sou esquisito em relação ao género e tipo de ajuda.
Em conclusão, quem me quiser pedir ajuda para este tipo de coisas, é bom que seja boa companhia e me faça rir, ou então não vale a pena e prometo que a minha cara de enjoo será insuportável.
Antes de descrevê-lo, tenho primeiro que lembrar algumas figuras, minhas (nossas) conhecidas, e a sua relação com o transporte de objectos pesados e de volume e massa desconhecidos.
Primeiro houve aquele (figura querida de todos nós - os carregadores!) que quando se deparava com um objecto para transportar, dava um passo atrás e dizia: "temos que pensar sobre isto de forma empírica!"; e seria a atitude mais inteligente a tomar se estivéssemos a olhar para um pesado e complicado objecto e não uma escrivaninha...!
Houve também aquele que não mexia uma palha (não tirava as mãos dos bolsos) enquanto EU não lhe dissesse exactamente aquilo que íamos fazer. Tinha que lhe dar instruções para todos os movimentos - era frustrante!
O meu favorito, porque também sou assim, é aquele que para transportar um frigorífico de um segundo andar para o rés-do-chão, olha para mim e desata-se a rir, isto de dois em dois degraus, o mesmo acontece comigo, reduzindo o rácio de dois degraus para um. Ou seja, um percurso de dois andares pode bem ser relativamente rápido para qualquer outra pessoa, mas se formos os dois incubidos de tal tarefa conjuntamente, é certo que vamos demorar pelo menos uma meia hora. Não sei se já disse que demoramos quinze dias a pintar uma casa e no fim resolvemos fazer um jogo de futebol (para comemorar) que deixou algumas marcas nas paredes, obrigando a mais dois dias de pinturas para tapar as respectivas...
Depois existem as mulheres. Trabalhar com elas é coisa a que me recuso terminantemente...umas vezes sem sucesso; Elas são complicadas e picuínhas, e, para agravar, são fraquinhas! Eu gosto de pensar em mim, homem, representante dos homens, como um ser prático, com planos que começam de forma simples e só depois se vão complicando (tipo funil). A mulher é ao contrário, primeiro complica e depois...tenta simplificar, o que torna as coisas piores, pelo menos para as nossas mentes. Nós gostamos de começar a construir a partir das fundações e não com origem no vazio.
Finalmente o último carregador ajudante com quem tive que carregar o sofá ontem à noite. Só posso descrevê-lo como algo de tirano. De facto, uma coisa com um potencial tão cómico, perdeu toda a graça e tornou-se num exercício físico tensamente militar. Eu tinha "ordens" até para a exacta posição das minhas mãos. Como não gosto de ordens, não punha as mãos onde me "mandavam" pôr, o que levava a fortes argumentações do meu "patrão". Qualquer sugestão da minha parte era recebida com um: "lá estás tu!"; Felizmente, quando tinhamos descido um andar (ainda faltavam dois), ocorreu-me que podíamos usar o elevador. Fui recebido com mais um: "deixa-te lá de coisas!"; Consegui levar a minha avante, e a partir daí, nada mais de complicado há a relatar.
Dito isto, fica a nítida impressão que:
a) não gosto de carregar coisas;
b) sou esquisito em relação ao género e tipo de ajuda.
Em conclusão, quem me quiser pedir ajuda para este tipo de coisas, é bom que seja boa companhia e me faça rir, ou então não vale a pena e prometo que a minha cara de enjoo será insuportável.
Comentários
Já agora, penso que na altura da Páscoa fazemos a mudança!
Are you ready???? (sure you are)!!
Estabelece lá novas regras se faz favor. E vê se metes uma regra muito importante na cabeça: para carregar sofás não é preciso rir. É preciso pegar neles, fazer força e não deixar o desgraçado do ajudante carregar tudo sozinho. Depois rimo-nos que nem uns malucos.
P.S.- Olha João, convidaste o Andre para te ajudar na mudança já sabes: eu estou mesmo no estrangeiro nessa altura...lol.
Já me deste uma ideia para um post:
aqueles que por baixo de palavras furiosas e salivadas terminam sempre com um LOL; aqueles que desconhecem o verdadeiro sentido da razão; aqueles sem uma pinga de humor; aqueles que pregam ao vento, que lhes retorna o sermão desconhecido e repudiado.
Continua que preciso de inspiração.
P.S. João Pinto? Quem és tu? Não te conheço. Falas de mudanças...mas quem és?