Parar é viver

Nos tempos que correm onde os verbos com movimento predominam sobre os que animam, onde se glorificam os conceitos de dinamismo, aventura, ambição e nomadismo, nestes tempos que correm pela nossa vontade. Quando o que queríamos era que os tempos parassem.

Eu não desprezo o movimento. Mas sinto-me mais confortável com o crescimento de uma árvore do que com a vida de uma borboleta.

Quero ter a certeza que posso sempre lá voltar e encontrar o lá e o tu como os deixei.

Entre o nómada e o agricultor a quem é que eu recorro? Entre a água e a pedra a quem é que eu me agarro?

Quem me dera garantir o bom. Torná-lo uma rotina e não uma aventura.

Comentários

Este texto está muito profundo...estás apaixonado?
looooool
Unknown disse…
Isso é a idade a falar...eu sinto o mesmo.
André disse…
Mas já não se pode escrever coisas mais profundas...?
Ainda por cima chamam-me de velho
Avelã disse…
Nem tudo o que é seguro é o melhor ou o mais excitante e a definição de bom é tão relativa, é como levar uma palmada, pode ser tão bom ou tão mau, comparação um tanto rustica mas facil de entender.

Quanto a pati e ao anarquista, andrezinho ele têm é dor de cotovelo pá, eheheh
André disse…
Olá Marciana. Mas devo-te dizer que escrevi este post a semana passada e tentei colocá-lo, mas devido a "interferências externas" não consegui. Talvez, entretanto, a minha opinião tenha mudado. Aliás, eu sou conhecido por ser muito instável opinativamente.

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