Apanhado por uma velha veloz
Não quero estar sempre a bater na mesma tecla mas sinto um dever supremo de relatar as bizarrias que me acontecem. Ao mesmo tempo espero servir de exemplo de como não se faz e como não se está.
Já é um facto conhecido que na zona onde habito a taxa de senilidade é muito elevada. Eu, pelo menos, deveria sabê-lo...
Muitas vezes me pergunto - Mas porque raio não corro quando me encontro no exterior? -, e a resposta continua a escapar-me.
Como já devem ter adivinhado, mais uma vez fui "apanhado" por uma velha na rua.
Tudo começou na pastelaria, onde fui beber o café, e tive o azar de de encontrar uma vizinha.
Eu devia ter percebido logo assim que entrei. Os olhos sedentos por uma vítima (do que eu gosto de chamar) da longa narrativa que a velha apresentava, eram um sinal para qualquer pessoa esperta fugir a sete pés.
Gostaria de poder dizer que aqueles três quartos de hora a ouvir as últimas do bairro passaram num instante. Mas como todos os outros monólogos, este também foi excruciante.
Se bem que à maior parte da tagarelice não prestei muita atenção, não pude deixar de ouvir as notícias relevantes: as tropelias dos cães dos vizinhos e os mais recentes óbitos.
Enquanto a maior parte do tempo fazia contas à vida, memorandos mentais, pensava no que ia escrever aqui, ria-me de coisas que me ia lembrando e planeava o jantar, a velha matraqueava, com uma velocidade impressionante, as suas coscuvilhices.
Com o máximo pormenor e exactidão que só a idade avançada permite, a velha não me dava descanso. A única coisa que eu conseguia articular eram uns desmaiados Ah é? ou Ahnnn...
Resultado final: O cão dela é super-esperto e um destes dias tenho que prestar os meus sentimentos às famílias dos velhos - excelentes pessoas, muito calados - que faleceram.
Agora que penso em formas de escapar à terceira idade que me persegue, foi-me dada a notícia que a maior parte dos reformados encontram-se em intensas actividades desportivas. Parece que os velhos estão em óptima forma física. Isto significa que correr para fugir deles está fora de questão.
Fica então aqui este meu testemunho para as gerações vindouras.
Eles andam aí! Fujam!
Já é um facto conhecido que na zona onde habito a taxa de senilidade é muito elevada. Eu, pelo menos, deveria sabê-lo...
Muitas vezes me pergunto - Mas porque raio não corro quando me encontro no exterior? -, e a resposta continua a escapar-me.
Como já devem ter adivinhado, mais uma vez fui "apanhado" por uma velha na rua.
Tudo começou na pastelaria, onde fui beber o café, e tive o azar de de encontrar uma vizinha.
Eu devia ter percebido logo assim que entrei. Os olhos sedentos por uma vítima (do que eu gosto de chamar) da longa narrativa que a velha apresentava, eram um sinal para qualquer pessoa esperta fugir a sete pés.
Gostaria de poder dizer que aqueles três quartos de hora a ouvir as últimas do bairro passaram num instante. Mas como todos os outros monólogos, este também foi excruciante.
Se bem que à maior parte da tagarelice não prestei muita atenção, não pude deixar de ouvir as notícias relevantes: as tropelias dos cães dos vizinhos e os mais recentes óbitos.
Enquanto a maior parte do tempo fazia contas à vida, memorandos mentais, pensava no que ia escrever aqui, ria-me de coisas que me ia lembrando e planeava o jantar, a velha matraqueava, com uma velocidade impressionante, as suas coscuvilhices.
Com o máximo pormenor e exactidão que só a idade avançada permite, a velha não me dava descanso. A única coisa que eu conseguia articular eram uns desmaiados Ah é? ou Ahnnn...
Resultado final: O cão dela é super-esperto e um destes dias tenho que prestar os meus sentimentos às famílias dos velhos - excelentes pessoas, muito calados - que faleceram.
Agora que penso em formas de escapar à terceira idade que me persegue, foi-me dada a notícia que a maior parte dos reformados encontram-se em intensas actividades desportivas. Parece que os velhos estão em óptima forma física. Isto significa que correr para fugir deles está fora de questão.
Fica então aqui este meu testemunho para as gerações vindouras.
Eles andam aí! Fujam!
Comentários
So para te meter raivaaaaaa, no meu prédio não vive ninguem acima dos 40/45 ahhahaaahah, meu lindo só pa quem merece.