Maçãs à parte...

Ao ler o tema de capa da Superinteressante deste mês, sobre os livros proibidos durante regimes fascistas e totalitaristas, ocorreu-me que o primeiro grande fascista na "história" (não interessa se se acredita ou não) foi Deus.
Ao proibir Adão e Eva de se alimentarem da árvore do conhecimento, cujos frutos eram as maçãs, Ele proibía-os de pensarem.
Claro que há teólogos que defendem que a Sua proibição fazia parte do Seu grande plano de evolução.
Teorias à parte, e remetendo-me para o que os crentes acreditam (estes também não pensam muito), a minha conclusão é que Deus foi o primeiro fascista. O que afinal tem sentido, pois Ele é tudo.
Apesar de ser Ateu agnosticista, a religião sempre me interessou. Mas, por outro lado, também gosto de Anne Rice...
Voltando ao Adão e à Eva: Então e o Diabo? - A serpente. Queria ele dar o conhecimento ao homem só para provocar Deus ou realmente, queria dar-nos o conhecimento num gesto altruísta, um bom gesto?
Estou confuso. Afinal quem representa o bem e quem representa o mal?
Se Deus é tudo - o bem e o mal incluídos - e o Diabo só o mal, acaba por haver um certo desequilíbrio. E se é o mal que nos quer dar o conhecimento, será o acto de pensar realmente negativo? Levar-nos-á a uma espécie de autodestruição?
Estarão os fascistas certos ao tratarem-nos como animais irracionais? Como força de trabalho não-pensante?
Como sempre, fico com mais dúvidas do que respostas. Mas não há dúvida que fiquei com muita coisa para pensar.

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