O velho levou porrada outra vez
Mais uma vez o professor José Hermano Saraiva levou "porrada" por causa do Salazar e depois não só. A última foi há uns anos atrás, num programa do Herman José, quando foi violentamente "agredido" pelo parvo do João Gil.
A noite passada, no programa Grandes Portugueses, o qual eu só vi a última hora, por duas vezes o professor foi massacrado: a primeira foi quando, após longo apedrejamento verbal a Salazar feito pelos convidados deste programa, o professor tem a brilhante ideia de tentar falar sobre os pontos positivos desta figura, quer queiramos quer não, histórica. O que se seguiu foi quase a Revolta na Bounty. Ninguém tolerou que o professor continuasse a falar e quase o chamaram de parvo; a segunda, ainda pior, foi quando o professor Luís Reis Torgal sugeriu que o professor Saraiva e a História não eram sinónimos, além disso, disse ainda que a divulgação televisiva feita pelo professor Saraiva não devia ser confundida com História. E mais, se o professor Saraiva é perito em alguma coisa é em história da carochinha.
Não foi novidade nenhuma para mim saber que o professor Saraiva é visto pela sociedade académica com suspeição e mesmo algum descrédito. Verdade ou não, não me cabe a mim decidir, foi um insulto! Felizmente, no fim do programa, o professor Saraiva respondeu-lhe à letra.
Nunca gostei dos programas do professor Saraiva, não costumo ver, ainda assim sinto alguma simpatia pelo senhor. Parece-me um tipo decente. Pronto, foi Secretário de Estado (creio) da Cultura no governo de Salazar, será por isso que este homem está sempre a ser sovado? Ou será pela velha questão portuguesa: se mostrares o conhecimento às massas serás desacreditado.?
A noite passada, no programa Grandes Portugueses, o qual eu só vi a última hora, por duas vezes o professor foi massacrado: a primeira foi quando, após longo apedrejamento verbal a Salazar feito pelos convidados deste programa, o professor tem a brilhante ideia de tentar falar sobre os pontos positivos desta figura, quer queiramos quer não, histórica. O que se seguiu foi quase a Revolta na Bounty. Ninguém tolerou que o professor continuasse a falar e quase o chamaram de parvo; a segunda, ainda pior, foi quando o professor Luís Reis Torgal sugeriu que o professor Saraiva e a História não eram sinónimos, além disso, disse ainda que a divulgação televisiva feita pelo professor Saraiva não devia ser confundida com História. E mais, se o professor Saraiva é perito em alguma coisa é em história da carochinha.
Não foi novidade nenhuma para mim saber que o professor Saraiva é visto pela sociedade académica com suspeição e mesmo algum descrédito. Verdade ou não, não me cabe a mim decidir, foi um insulto! Felizmente, no fim do programa, o professor Saraiva respondeu-lhe à letra.
Nunca gostei dos programas do professor Saraiva, não costumo ver, ainda assim sinto alguma simpatia pelo senhor. Parece-me um tipo decente. Pronto, foi Secretário de Estado (creio) da Cultura no governo de Salazar, será por isso que este homem está sempre a ser sovado? Ou será pela velha questão portuguesa: se mostrares o conhecimento às massas serás desacreditado.?
Comentários
"no one is innocent" dos Sex Pistols
P.S. Desculpa não ter falado mais contigo ao telefone, mas estava cheio de trabalho e ainda por cima estava com vírus no PC.
Tendo frequentado o curso de história, posso dizer que a comunidade académica tem um ódio de morte ao José Hermano Saraiva!
Mas também digo que parte desse ódio tem a ver com o facto de o homem ser uma das figuras públicas mais conhecidas do país. É uma dor de cotovelo do caraças da parte daqueles tipos da faculdade que parecem umas amebas ridículas.
Obviamente que estou nos antípodas políticos do Prof. José Hermano Saraiva, mas não podemos, passados 30 anos do 25 de Abril, continuar com esta ideia de perseguição em relação ao passado. É giro que ninguém fale do facto de que o pai do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa era uma das figuras mais importantes e com mais poder dentro do Estado Novo, e de que forma isso pode ter influenciado o filho!!
Se todos fossem como ele nós já estariamos na "cabeça" da Europa.
Lembram-se quando nas suas últimas entrevistas na televisão, os locutores/jornalistas já se metiam com ele de uma forma irónica? Isto poderia acontecer a qualquer um, bastando para isso ser maior do que a mediocridade portuguesa.
A minha escolha para o maior português cabe sobre o Afonso Henriques, não por ele ser um rei, não por ele ter lutado contra os espanhóis (a inimizade ibérica é a maior lavagem cerebral recebida nas aulas de história) mas sim porque foi um tipo com coragem para lutar pelo que queria, enfrentando tudo e todos, mesmo que fossem maiores que ele.
E venceu.
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