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A mostrar mensagens de outubro, 2006

O velho levou porrada outra vez

Mais uma vez o professor José Hermano Saraiva levou "porrada" por causa do Salazar e depois não só. A última foi há uns anos atrás, num programa do Herman José , quando foi violentamente "agredido" pelo parvo do João Gil . A noite passada, no programa Grandes Portugueses , o qual eu só vi a última hora, por duas vezes o professor foi massacrado: a primeira foi quando, após longo apedrejamento verbal a Salazar feito pelos convidados deste programa, o professor tem a brilhante ideia de tentar falar sobre os pontos positivos desta figura, quer queiramos quer não, histórica. O que se seguiu foi quase a Revolta na Bounty . Ninguém tolerou que o professor continuasse a falar e quase o chamaram de parvo; a segunda, ainda pior, foi quando o professor Luís Reis Torgal sugeriu que o professor Saraiva e a História não eram sinónimos, além disso, disse ainda que a divulgação televisiva feita pelo professor Saraiva não devia ser confundida com História. E mais, se o profes

O respeito dos tolos

Ainda a respeito do 'respeito'. Muita polémica se gerou à volta do anúncio que eu e o Anarquista Duval fizemos acerca da nossa falta de respeito pela religião e os seus seguidores. Mas afinal o que é o respeito? O que é que nós (e penso que falo pelo Anarquista D.) queremos transmitir na realidade? Do Houaiss , um dos dicionários mais conceituados da língua portuguesa, retirei as seguintes acepções: substantivo masculino 1 ato ou efeito de respeitar(-se) 2 sentimento que leva alguém a tratar outrem ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência; consideração, reverência 3 obediência, acatamento 4 modo pelo qual se encara uma questão; ponto de vista 5 o que motiva ou causa alguma coisa; razão 6 relação, referência 7 estima ou consideração que se demonstra por alguém ou algo 8 sentimento de medo; receio ...e locuções: a r. de relativamente a, no tocante a, com referência a dar-se ao r. proceder de maneira respeitável, agir com com

O Senhor das Moscas e o Cão dos Baskervile

Para mim os cães são como as crianças, ou vice-versa. Não posso dizer que adoro cães ou crianças, gosto de alguns cães e algumas crianças, a maior parte acho-os insuportáveis. Gosto do meu cão e gosto da minha sobrinha (diferentes tipos e graus de amor, claro), gosto de mais alguns cães e alguns putos, do resto fujo! Detesto cães estúpidos ou maus, tal e qual como detesto crianças burras ou mal educadas. Pronto, até posso admitir que a culpa não seja das criaturas mas sim dos donos/progenitores. Mesmo assim não me consigo obrigar a gostar ou aceitá-los. Os cães são os melhores amigos do dono. Acredito perfeitamente! Mas, provavelmente, só o são do dono. As crianças são criaturas inocentes e angélicas. Pois claro que são! Quem o diz nunca viu várias juntas. Depois de longos anos de pesquisa aturada e de observação dos habitats destes seres estou finalmente em posse de resultados que vão abalar o mundo tal e qual o imaginou. Após ter chegado à conclusão que o cão agrada o dono porque est

A vida de JC em 97 linhas!!

É evidente que quando os religiosos acreditam num Deus omnipotente e omnipresente que governa o mundo, algo de muito errado se passa!!! Deus esse que eles acreditam que semeou um seu representante numa mulher virgem (pois!!pois!! virgem!!) Porque é que ele não escolheu uma que tivesse já uma rebanhada de filhos??? Claro que nestas condições, filho único de um profissional de um ofício conceituado (carpintaria) e de uma doméstica que viveu toda a vida a tentar esconder do marido a sua infidelidade, o rapaz tinha que sair um mimado do caraças, com convicções próprias de quem tem tudo na vida (o rapaz nasceu no anexo à casa e logo os vizinhos vieram dar cenas como mirra, incenso e ouro, vejam lá!! Reparem bem, anexo à casa! Não estamos a falar de um pardieiro, estamos a falar de uma mansão para a altura!! ). Quer dizer, se eu no Liceu Camões começasse a gritar de braços abertos para o mundo “Eu sou filho de Deus” diziam logo “ganda pedra meu, a broca devia ser bem boa!!!!”, ou tipo “amai-

Somos todos ateus

Metam uma coisa na cabeça, as religiões já tiveram o seu tempo e, felizmente, estão a extinguir-se e a dar lugar à secularização. Claro que o panorama actual não parece indicar isso, mas estas coisas têm que ser vistas a uma distância considerável, ou como os americanos dizem, you must see the big pictur e. As provas da improbabilidade de (um ou outro) Deus existir, são consideráveis e incontornáveis. Menciono improbabilidade para não cair em qualquer dogma, e por outro lado é cientificamente válido. Eu, à semelhança de toda a população mundial, sou ateu. Não há ninguém que possa dizer que não é ateu. De certeza que os católicos não acreditam em Alá , Odin ou Zeus , isto é válido para qualquer religião. Esta argumentação não é original nem minha. Richard Dawkins foi o último a utilizá-la no Colbert Report , e diz assim: " Vocês são ateístas em relação a todos os deuses em que não acreditam, eu apenas acrescento um deus mais ". E é o que eu sou, um ateu como todos vocês só q

Badalhocas!

Porquê que invariavelmente as gajas ficam todas lixadas quando lhes é mencionado banho antes do sexo? Serão elas imunes à caca do dia-a-dia? E não sabe tão bem um banhito a dois, com massagens incluídas e talvez um felattio ? Eu falo por mim, quando viajo para o Sul gosto de encontrar um lugar confortável, quentinho, húmido, com vegetação rasteira e, mais importante, com água potável. Suponho que com elas seja o mesmo... Mas de vez em quando deparo-me com badalhocas que acham o acto do banho um sinal que estou a chamá-las de porcalhonas. Na verdade o banho é um prolongamento da sessão sexual muitas vezes criticada por elas por tender a ser curta. Querem mais tempo? Comecem na casa-de-banho, passem pelo quarto, dêem uma volta pela cozinha, aproveitem e tragam uma cervejita e qualquer coisa para petiscar, e terminem numa sala ou mesmo no hall de entrada. O que é irrelevante é o banho depois do sexo. A badalhoquice por esta altura já está disseminada por todo o espectro sensorial: cheiro,

hmmmmm, hmmmmm, hmmmmm

Estou meio adoentado. Acho que é gripe. Ainda estou no início: sinto o corpo anestesiado; tosse; doi-me a barriga; nariz tapado; fraco poder de concentração... Podem-me chamar mariquinhas, mas quando estou doente, mesmo que seja só um bocadinho, aproveito para me enfiar na cama por dois dias - na minha cabeça qualquer doença que se preze dura dois dias. Ainda não fui à cama, estou com pena das minhas colegas de trabalho. Vou aguentar mais um pouco até ao fim-de-semana. Nessas alturas, quando estou de cama, gosto especialmente de gemer baixinho e de esfregar os pés um no outro. Como tenho a sorte de viver no mesmo prédio que a minha mãe, ela leva-me as refeições à cama. Que bom! Aliás, e já tenho pensado muito nisto, se calhar um dia estar para casar ou juntar-me, farei com que a minha futura esposa passe por determinados testes relativos a doenças simples para ver a reacção dela. Não será preciso dizer que se ela ignorar os meus gemidos ou os meus pedidos insistentes de um Bife à Portu

A minha terra prometida

Quarenta e tal por cento dos espanhóis gostariam que Portugal se unisse a Espanha formando um novo país, talvez chamado Iberia . Apenas um quarto dos portugueses desejaria o mesmo. Quanto a mim, e detesto falar espanhol, acho que não me importaria. Desde que se mantivessem a cultura e uma independência ideológica, acho que seria bom. Porquê? - Não é pessoal, é apenas negócios. Acho que com trinta e seis anos estou um pouco farto de ouvir " temos que apertar o cinto ". E eu sou novo. Ou se quiserem, ilustro assim: Sou solteiro, e vou passar a pagar mais IRS do que uma casa onde entram dois ordenados; E já agora vou acrescentar mais 15% de valor pago à EDP. E ainda tenho que levar com o Secretário de Estado da Indústria (?) a dizer que a culpa é minha porque tenho andado a gastar demais; E tudo o resto que aumenta, numa base quase mensal, de 100$00 em 100$00, ou de 200$00 em 200$00. Sim, escudos que eu já não vou na treta do Euro psicológico. Eu sei que se fosse espanhol, ou ib

Confortavelmente vegetais

Era uma questão de tempo. - O poder corrompe. Como a maior parte de vós já deve saber, o YouTube foi comprado pelo Google . Apesar de a maior parte dos "financeiros" afirmar que esta compra foi no mínimo polémica - uma vez que o Google não lida com conteúdos mas "aponta-os", especialmente conteúdos que na sua natureza são pessoais ou excertos de produtos comerciais -, mesmo assim gerou-se uma onda de optimismo nos utilizadores. A maior parte pensou que a partir de agora passaria a encontrar mais facilmente o vídeo da tia Odelinda assim como o clip Wild Boys dos Duran Duran . A boa notícia é que, por agora, a tia Odelinda fica no tubo, desde que não cante nenhuma cantiga recente; A má notícia é que tudo que não respeite os direitos de autor, a curto prazo será eliminado do YouTube . Ou seja, grande parte dos vídeos interessantes: excertos; entrevistas; videoclips; e a boa da sobrinha da tia Odelinda, que agora é dotcom . É óbvio que é o fim do YouTube tal como o

Os blogs das gajas e os gajos

Também acho piada à quantidade de abutres que voam ao redor dos blogs das gajas à espera de "carninha". Eles a comentar são todos muito suaves e cavalheiros. E ai de um gajo (como eu) que comece a disparatar, eles colocam-se logo ao lado das damas "blogadoras". Estas aves de rapina pensam que vão levar dali alguma coisa, e mesmo que levem correm o risco de levar é com um bacamarte disfarçado atrás de umas cuequinhas de rendinha - Toma lá para aprenderes! O que me irrita solenemente é que por maior que seja o disparate, ou merda de poema, que elas escrevam, os abutres arranjam sempre maneira de as elogiar - (...) os teus poemas são lindos, fofa. Escreves tão bem que me iluminas a alma - Puahhh!!! E elas vão na conversa! Meninas, quando colocam umas fotografiazitas e escrevem umas coisitas bem sugestivas, a reacção da maior parte dos gajos é a de comentar para ver se levam dali alguma coisa. Não é por causa do vosso talento. Se querem realmente "construir"

Os blogs e as gajas

Os blogs das gajas são normalmente mais "pesados" do que todos os outros: Com "pesados" quero dizer que contêm muita informação (irrelevante) e por isso se tornam de difícil "carregamento"; Com "carregamento" quero dizer que aquilo que o meu computador recebe de informação, excede a sua capacidade de processamento. E depois, estes blogs femininos encontram-se normalmente divididos em duas classes: os eróticos, recheados de poemas e fotografias sugestivas; e os diários à la Readers Digest , em que a "blogadora" descreve a melhor forma de remover um diafragma sem retirar o tampão ao mesmo tempo que conta a triste história do pimpão e ainda arranja tempo para os flagrantes da vida real. Começo a ficar um pouco farto de ler blogs femininos.