A teimosia dos lugares-comuns.
Acho muita piada a duas afirmações, na forma de insulto, que as pessoas costumam fazer.
Uma diz assim - "(...) estás a ser teimoso!" - como se o nosso antagonista também não o fosse. Numa discussão os lados opostos são teimosos até prova em contrário... até alguém provar que está certo. Ou seja, não vale a pena chamar o outro de teimoso enquanto não se provar por A+B que se está certo. E provar significa fundamentar, não é dizer que o outro disse que tal.
A outra afirmação, igualmente parva, e que vem logo a seguir à nossa resposta a uma pergunta que nos é feita - "(...) também não sabes nada!".
Ora eu gosto de fundamentar as minhas respostas, a não ser que esteja a fazer conversa. Se não sei responder, digo que não sei!: sinal de humildade. E muitas vezes o digo, não me ponho a inventar. Suponho que seja isso que irrita as pessoas à minha volta, o facto de tão prontamente admitir a minha ignorância em determinado assunto.
Por outro lado, a acusação é completamente paradoxal, como a de cima. Ora se eu não sei nada, a pessoa que me pergunta também não sabe, pelo menos aquilo que refere, e se não sabe, como é que pode haver termos de comparação de sabedoria?
Em conclusão, admito que sou teimoso e ignorante em muitos, muitos assuntos, mas isso dá-me a liberdade de te chamar todos os nomes possíveis e imaginários se tu não admitires o mesmo. Sim tu, oh palhaço!!!
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