A servidão do comum vs. A exuberância do Dr.

O português confunde muito a simpatia natural com a "tendência para servir". Talvez num contexto filosófico sejam uma e a mesma coisa, mas na (nossa) realidade a confusão é IRRITANTE!
Eu, modéstia à parte, penso ser uma daquelas pessoas naturalmente simpáticas, por isso sofro da abominável pouca tolerância aos ares superiores daquelas (algumas) pessoas a quem eu sou simpático - mas é só uma vez!
E esta introdução sobre a natureza humana no geral leva-me a tentar entender a minha.
Eu desprezo hierarquias - só as acha boas quem está no topo. Mas tenho vivido grande parte da minha vida laboral adaptado a elas. Tem que ser: sou "obrigado" a isso.
Por isso não me peçam para tratar alguém por Senhor Engenheiro ou Senhor Doutor.
Verdade seja dita, trato algumas pessoas, poucas, pelo seu título. Mas só aquelas a quem eu tenho grande respeito, porque é recíproco.
Não deixo de me sentir, sempre, incomodado por este tipo de tratamento.
A meu ver, só os Professores devem ser tratados pelo seu título. Tudo o resto é exagero.
O interessante é que este fenómeno do Sr. Dr. ou Sr. Eng. ou Sr. cócó, seja lá o que for, só se passa cá neste país. Isto se estiver a contar só com os desenvolvidos, claro está!
O meu recado p'ros Senhores Drs. e Engºs : Deixem-se de merdas e vão mas é trabalhar. Se querem que vos respeitem a sério!
Se não o fizerem, prometo à maioria dos Srs. Cócós que sempre que sairem de algum sítio, ouvirão constantes murmúrios e risadinhas nas vossas costas.

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