Mary Shelley deu-lhe asas. Bram Stoker dar-lhe-á dentes

A minha namorada tem um periquito (ou pelo menos uma ave amarela e pequenina), cujo nome eu tive o prazer de dar.
Nunca gostei muito (ou mesmo nada) de peixes e de pássaros. Reformulo esta minha última frase: nunca gostei de ter este tipo de animais, porque tê-los significa confiná-los a um espaço mínimo, que não me parece muito saudável.
- Ah e tal, mas os pássaros e os peixes não sobreviviam de outro modo...!
Queres ver que antes de os colocarmos nestes caixõezitos eles não existiam. Não sou biólogo, mas suspeito que rapidamente (em poucas gerações) se adaptariam à liberdade...que chatice!!!
De qualquer modo, e como eu até sou hipócrita, estou a gostar desta criatura afónica e que não voa. Acho que ele fica muito bem na cozinha; dá-lhe um toque kitsch...
Mas como eu comecei por referir, eu dei um nome ao pássaro, e como eu gosto de chatear, dei-lhe o nome de Frankenstein. A minha namorada detestou e ficou (um bocado) chateada. Tanto chamei o bicho de Frankenstein que, no dia a seguir, também a A., involuntariamente e para meu grande gozo, começou a tratá-lo desta forma tão carinhosa.
Agora é assim:
- Vai trocar a água ao Frankentein s.f.f.
- Olha p'ro Frankenstein. Tão querido.
- Não te esqueças de abrir os estores de manhã para que o Frankenstein tenha luz durante o dia.

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