ai brinca, brinca!
A RTP2 passou o documentário Loose Change, repetido nas noites de Sábado e Domingo.
Este documentário defende a ideia que Osama Bin-Laden não esteve envolvido na queda das Torres Gémeas, na destruição de parte do Pentágono e na queda do Voo 93. Pelo contrário, não passou de um grande encobrimento do Presidente Bush para amealhar uns quantos lingotes de ouro que estavam guardados nas fundações em uma das Torres.
Tenho que confessar que esta teoria de conspiração me provocou arrepios. Interroguei-me se seria possível alguém fazer aquilo por dinheiro; já por uma ideologia, por mais distorcida que seja, não me custa tanto a acreditar.
Depois do torpor que este documentário me provocou, comecei, lentamente, a raciocinar.
Como não tenho Internet em casa, não conseguia verificar a veracidade dos factos; Isto teria que esperar por Segunda-feira. Em vez disso comecei a pensar na fragilidade dos argumentos: uma teoria em que a quantidade de pessoas envolvida é muito grande não é credível porque há sempre alguém que fala...; seria este o melhor método para roubar o país?; estariam todos os técnicos e engenheiros enganados quanto à causa da queda dos edifícios?; etc.
Enquanto pensava e pensava, algo me estava continuamente a soar familiar. De repente fez-se luz - Esta história é muito parecida com um filme famoso chamado Die Hard: With a Vengeance, no qual também são utilizados subterfúgios e actos de terrorismo para que seja feito um assalto sem ninguém dar por isso (quem não viu, já teve mais que tempo...). Ena pá! Ou o Presidente Bush gosta muito destes filmes de acção e não tem imaginação nenhuma ou o Dylan Avery (criador do documentário) é um puto com uma cabecinha bem perversa.
Bem, hoje é Segunda-feira e embora já não precisasse fui verificar as fontes e os argumentos do documentário. Sem surpresas, a maior parte não bate certo e está errado. Mas enfim, deu para entreter e o documentário até está engraçado.
O que eu acho mais piada são as reacções ao documentário. Para além das habituais vozes de total crença e as de descrença zangada, houve uma que me chamou a atenção, o título é "Com isso não se brinca", do Martim Avillez Figueiredo, publicada (de todos os periódicos possíveis) no Diário Económico. - Ele diz que é uma data despropositada para passar este documentário, e logo num canal de Estado (com o que eu concordo); depois compara esta teoria de conspiração com uma que houve no nosso país (Portugal para os mais distraídos) em que se fazia crer que os comunistas é que eram os fachos; e, finalmente, que uma vez...quando era puto, estava na praia da Figueirinha a brincar com a pá a fazer de conta que era uma arma e chega o Zeca Afonso e irado o admoestou por brincar com armas...é que nem a fingir.
O que eu me fartei de rir, coitado deste senhor ficou traumatizado para o resto da vida.
E se o Zeca Afonso dizia que com isso não se brinca, eu digo que brinca, ai se brinca! Faz parte da nossa liberdade.
Este documentário defende a ideia que Osama Bin-Laden não esteve envolvido na queda das Torres Gémeas, na destruição de parte do Pentágono e na queda do Voo 93. Pelo contrário, não passou de um grande encobrimento do Presidente Bush para amealhar uns quantos lingotes de ouro que estavam guardados nas fundações em uma das Torres.
Tenho que confessar que esta teoria de conspiração me provocou arrepios. Interroguei-me se seria possível alguém fazer aquilo por dinheiro; já por uma ideologia, por mais distorcida que seja, não me custa tanto a acreditar.
Depois do torpor que este documentário me provocou, comecei, lentamente, a raciocinar.
Como não tenho Internet em casa, não conseguia verificar a veracidade dos factos; Isto teria que esperar por Segunda-feira. Em vez disso comecei a pensar na fragilidade dos argumentos: uma teoria em que a quantidade de pessoas envolvida é muito grande não é credível porque há sempre alguém que fala...; seria este o melhor método para roubar o país?; estariam todos os técnicos e engenheiros enganados quanto à causa da queda dos edifícios?; etc.
Enquanto pensava e pensava, algo me estava continuamente a soar familiar. De repente fez-se luz - Esta história é muito parecida com um filme famoso chamado Die Hard: With a Vengeance, no qual também são utilizados subterfúgios e actos de terrorismo para que seja feito um assalto sem ninguém dar por isso (quem não viu, já teve mais que tempo...). Ena pá! Ou o Presidente Bush gosta muito destes filmes de acção e não tem imaginação nenhuma ou o Dylan Avery (criador do documentário) é um puto com uma cabecinha bem perversa.
Bem, hoje é Segunda-feira e embora já não precisasse fui verificar as fontes e os argumentos do documentário. Sem surpresas, a maior parte não bate certo e está errado. Mas enfim, deu para entreter e o documentário até está engraçado.
O que eu acho mais piada são as reacções ao documentário. Para além das habituais vozes de total crença e as de descrença zangada, houve uma que me chamou a atenção, o título é "Com isso não se brinca", do Martim Avillez Figueiredo, publicada (de todos os periódicos possíveis) no Diário Económico. - Ele diz que é uma data despropositada para passar este documentário, e logo num canal de Estado (com o que eu concordo); depois compara esta teoria de conspiração com uma que houve no nosso país (Portugal para os mais distraídos) em que se fazia crer que os comunistas é que eram os fachos; e, finalmente, que uma vez...quando era puto, estava na praia da Figueirinha a brincar com a pá a fazer de conta que era uma arma e chega o Zeca Afonso e irado o admoestou por brincar com armas...é que nem a fingir.
O que eu me fartei de rir, coitado deste senhor ficou traumatizado para o resto da vida.
E se o Zeca Afonso dizia que com isso não se brinca, eu digo que brinca, ai se brinca! Faz parte da nossa liberdade.
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