Traição no confessionário
Quando falamos com alguém, amigo, sobre determinada pessoa, que só nós conhecemos, em jeito de corta-casaca, fazemos-o porque: primeiro, confiamos nessa pessoa; segundo, numa atitude de tentar aliviar o sentimento de revolta. Claro que esperamos que essa pessoa respeite o nosso desabafo e não vá: primeiro, abrir-se todo com o visado; segundo, falar mal do visado, sem mais nem menos, a nós. O facto de alguém "confessar", a nós, os seus sentimentos de revolta para com outrém, não nos dá o direito de, a partir desse momento, começarmos a falar mal desse outrém a quem se confessou. Esta regra, claro, só se aplica se o outrém só for conhecido da pessoa que se queixa dele. Faz parte da boa educação agir deste modo, e quem assim não age não foi bem educado.