O fds do Fódss
Tenho um amigo que está com um pequeno dilema. Ele pediu-me ajuda, mas eu não sei o que lhe dizer; por isso, exponho aqui a sua situação delicada para que alguma "alma" mais perspicaz o possa ajudar.
Pela primeira vez ele irá conhecer a terra dos sogros. Viajará com eles e a mulher no próximo fim-de-semana.
O facto de este meu amigo enjoar quando viaja na parte de trás de qualquer veículo que se mova, tem-no preocupado; isto porque não quer dar parte fraca em frente do sogro com algum esguicho de vomitado bem intencionado mas mal direccionado. Apesar de ter querido fazer segredo desta sua fraqueza, a mulher (à semelhança de todas elas, de resto) já tratou de publicar a notícia, oralmente, na sala de jantar dos pais, e na presença, claro, do meu amigo. O coitado parece que desviou os olhos para o chão...
Mas esta sua preocupação foi subjugada por outra muito mais gritante a que, heroicamente, devo dizer, tem sabido manter um sangue frio e uma epiderme pouco oleosa quando começa a imaginar o futuro cenário em que, se não arranjar solução, se verá envolvido.
Foi esta manhã que recebi uma mensagem de alarme deste amigo. Por princípio, eu não acredito em cenas esotéricas, mas posso jurar que, antes de receber a mensagem, fui acometido pelas mesmas prováveis sensações que este meu amigo, tal como se estivéssemos unidos por uma espécie de cordão umbilical psicoenergético telepático. O seu alarme, vim a descobrir depois, era fundamentado, e razão suficiente para outra alma mais fraca entrar num estado de pânico.
Ora, ia este meu amigo com o seu passo apressado para apanhar a camioneta, ainda meio ensonado e com o olhar meio turvo do lado direito (por causa da almofada), quando ouve um som familiar do lado esquerdo, o que, felizmente, permitiu a rápida identificação do sogro. Todo vivaço e cheio de energia, e sem mais nem porquê, virou-se para este meu amigo, olhou-o de cima a baixo e disse-lhe que lhe ia comprar um fato de treino para que ele andasse mais à vontade lá na terra. Assim não teria que andar sempre de calças de ganga. O meu amigo, que não costuma ser de resposta rápida, é mesmo um pouco lerdo de raciocínio, rematou imediatamente com um "eu uso umas calças de ganga velhas!" logo seguido de outro, mais esganiçado ainda, perante o olhar de inevitabilidade do sogro "eu uso umas calças de ganga velhas!!!!!!!!". O sogro dele não lhe deu mais hipóteses de resposta e despachou-o com um adeus, até logo.
Enquanto corria para a camioneta, o meu amigo pensava como é que havia de se safar desta situação melindrosa. Se, por um lado, seria deselegante recusar um presente, por outro, ainda pior, seria não usar o presente em toda a sua graciosa função.
A mulher, ainda ignorante deste assunto, é um factor desconhecido no que toca à motivação ou desmotivação das boas intenções do pai, pois se o meu amigo é um conhecido gozão das mais variadas situações, a mulher não lhe fica atrás; além disso, ela junta a estes acepipes de gozo, uma depurada veia sádica, que, de longe a longe, este meu amigo sente na pele. Eu acredito que a única esperança deste meu amigo seja a recusa da mulher se fazer acompanhar de tão vistoso companheiro com o seu traje cerimonial de fim-de-semana. Por outro lado, ela pode simplesmente andar sozinha e deixar o marido na companhia dos seus novos amigos lá da terra.
É de facto uma situação difícil em que este amigo se encontra, e eu não consigo, assim sem treino anterior, arranjar-lhe uma solução de fundo. Talvez uma corridinha logo à noite me aclare as ideias.
Pela primeira vez ele irá conhecer a terra dos sogros. Viajará com eles e a mulher no próximo fim-de-semana.
O facto de este meu amigo enjoar quando viaja na parte de trás de qualquer veículo que se mova, tem-no preocupado; isto porque não quer dar parte fraca em frente do sogro com algum esguicho de vomitado bem intencionado mas mal direccionado. Apesar de ter querido fazer segredo desta sua fraqueza, a mulher (à semelhança de todas elas, de resto) já tratou de publicar a notícia, oralmente, na sala de jantar dos pais, e na presença, claro, do meu amigo. O coitado parece que desviou os olhos para o chão...
Mas esta sua preocupação foi subjugada por outra muito mais gritante a que, heroicamente, devo dizer, tem sabido manter um sangue frio e uma epiderme pouco oleosa quando começa a imaginar o futuro cenário em que, se não arranjar solução, se verá envolvido.
Foi esta manhã que recebi uma mensagem de alarme deste amigo. Por princípio, eu não acredito em cenas esotéricas, mas posso jurar que, antes de receber a mensagem, fui acometido pelas mesmas prováveis sensações que este meu amigo, tal como se estivéssemos unidos por uma espécie de cordão umbilical psicoenergético telepático. O seu alarme, vim a descobrir depois, era fundamentado, e razão suficiente para outra alma mais fraca entrar num estado de pânico.
Ora, ia este meu amigo com o seu passo apressado para apanhar a camioneta, ainda meio ensonado e com o olhar meio turvo do lado direito (por causa da almofada), quando ouve um som familiar do lado esquerdo, o que, felizmente, permitiu a rápida identificação do sogro. Todo vivaço e cheio de energia, e sem mais nem porquê, virou-se para este meu amigo, olhou-o de cima a baixo e disse-lhe que lhe ia comprar um fato de treino para que ele andasse mais à vontade lá na terra. Assim não teria que andar sempre de calças de ganga. O meu amigo, que não costuma ser de resposta rápida, é mesmo um pouco lerdo de raciocínio, rematou imediatamente com um "eu uso umas calças de ganga velhas!" logo seguido de outro, mais esganiçado ainda, perante o olhar de inevitabilidade do sogro "eu uso umas calças de ganga velhas!!!!!!!!". O sogro dele não lhe deu mais hipóteses de resposta e despachou-o com um adeus, até logo.
Enquanto corria para a camioneta, o meu amigo pensava como é que havia de se safar desta situação melindrosa. Se, por um lado, seria deselegante recusar um presente, por outro, ainda pior, seria não usar o presente em toda a sua graciosa função.
A mulher, ainda ignorante deste assunto, é um factor desconhecido no que toca à motivação ou desmotivação das boas intenções do pai, pois se o meu amigo é um conhecido gozão das mais variadas situações, a mulher não lhe fica atrás; além disso, ela junta a estes acepipes de gozo, uma depurada veia sádica, que, de longe a longe, este meu amigo sente na pele. Eu acredito que a única esperança deste meu amigo seja a recusa da mulher se fazer acompanhar de tão vistoso companheiro com o seu traje cerimonial de fim-de-semana. Por outro lado, ela pode simplesmente andar sozinha e deixar o marido na companhia dos seus novos amigos lá da terra.
É de facto uma situação difícil em que este amigo se encontra, e eu não consigo, assim sem treino anterior, arranjar-lhe uma solução de fundo. Talvez uma corridinha logo à noite me aclare as ideias.
Comentários
Para não enjoar existe um comprimido :P
Para o não uso de fato de treino,isso já é mais complicado mas sempre pode tentar a desculpa que esta apertado ou rasga-lo ao vestir e ainda reclamar que o material não é dos melhores!!!
O meu amigo agora tem outras dúvidas: terá ele que se exercitar em casa? E, será muito cansativo? - afinal são três dias.
O meu amigo diz também que se recusa (e sempre se recusou) a tomar comprimidos.
Sempre ouvi dizer que sogros não são parentes mas sim castigo llloooolll