Os melgas do costume

Eu sou preguiçoso! E gosto de ser!
Mas das coisas que gosto sou um participante efusivo e curioso sem descanso.
Como da preguiça...sei tudo o que há a saber dessa condição, e participo em vários workshops e cursos, sem descanso...
Agora fora de brincadeiras. Irritam-me, seriamente, as pessoas que me pedem ajuda e informações das coisas mais rídiculas.
Apesar de ser preguiçoso, isso não me impede de aprender e de ser curioso.
Mas o que eu noto, hoje em dia, é que a necessidade de aprender não anda de mãos dadas com a curiosidade nem com o esforço.
Portanto, sou inundado quase todos os dias com as perguntas mais disparatadas (são sempre as mesmas pessoas, mas são insistentes), e que, logo à partida, deixam transparecer uma absoluta falta de investigação prévia, ou seja, de curiosidade para deslindar esse qualquer coisa.
Então, aqui o palhaço é que tem de pensar e de investigar para ajudar o mentecapto do amigo ou conhecido. Bom, se for só conhecido, mando-o dar uma volta e ainda lhe chamo nomes para aprender a não ser estúpido. Mas voltam sempre, essas melgas!!
Com isto tudo, até parece que sou um poço de informação, uma enciclopédia. Não! Sou um gajo igual a qualquer outro. Mediano nuns assuntos e acima da média noutros...e completamente medíocre noutros ainda (mas não são muitos que parece mal).
Dada esta breve informação, retomo o curso do meu racíocinio.
Esta malta que não gosta de aprender, quer tudo feito. São os verdadeiros parasitas desta sociedade.
O cúmulo, mas mesmo o cúmulo, foi um determinado amigo meu chegar ao pé de mim num destes dias e dizer-me assim:
- Olha, ó x, eu até gosto de jogos (de pc) e gosto de te ver a jogar, mas quando me calha ligar o pc p'ra jogar, desisto logo.
- Então porquê, ó y?
- Dá demasiado trabalho: primeiro é a configuração depois é aprender a jogar e depois é os níveis que tenho que decorar...
-Olha ó y, e se fosses pro...
Mas então o que é que se passa? De onde é que apareceram estas peças e como? Sim! Tem que haver uma razão!
Em conclusão: acho que nas Escolas deviam mudar os programas. Em vez de entornarem baldes de matéria na cabeça destes obtusos, deviam era ensiná-los a investigar, a aprender, a consultar, a ter curiosidade, enfim, a tornarem-se pessoas e deixarem de ser melgas.

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