Se calhar é melhor ir para o Zumba

Hoje fui ao fisiatra diagnosticar a dor que tenho no ombro, resultado de três quedas consecutivas de há quinze dias atrás, naquela semana de chuvas. Lá expliquei à senhora doutora que as quedas eram resultado das minhas viagens de bicicleta; ao que ela retorquiu "Porquê que anda no meio do trânsito? Porquê que não vai de metro?"; e eu expliquei-lhe que isso seria o oposto do que eu quero (andar de bicicleta!), bem, na verdade não expliquei, apenas fiquei de boca aberta, sem resposta, mas gostaria de ter respondido.
Expliquei-lhe qual era o percurso que fazia e que esperava, com uma probabilidade elevada, que no futuro próximo acontecessem mais quedas. Por isso é que lá estava: para obter drogas para as futuras dores. Também não disse isto, mas tem piada, e, no fundo, alguma verdade.
Fez-me o diagnóstico: utilizou uma ecografia e vários movimentos e palpações. Nas palpações perguntou-me se eu sentia dor, e eu respondi que não. Ela disse-me que eu tinha uma forte tolerância à dor. Mais uma vez, gostaria de lhe ter dito "mas não estou a sentir mesmo dor nenhuma...!", mas fiquei calado...a olhar para o ecrã e a pensar "espero que não encontre nenhum tumor cancerígeno", que é o que eu penso sempre que vou a um hospital. Sim, sou um cagarolas!
No final perguntou-me se fazia algum exercício físico. Desta vez respondi-lhe "Sim! Ando de bicicleta". Ela disse-me que isso não é desporto, isso é um meio de transporte; isso é andar no meio do trânsito. Calei-me e pensei: "Está-me a parecer que ela não gosta de ciclistas..."

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