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A mostrar mensagens de maio, 2006

Rock in... Rio?

Hoje já enganei quatro brasileiros sem querer. Perguntaram-me onde é que ficava o Rock in Rio , e eu que vinha tão distraído a pensar nos X-Men 3 , e a sua exibição no Alvaláxia , indiquei-lhes o caminho para o Estádio de Alvalade . Só quando cheguei a casa é que percebi o que tinha feito...desgraçados! Por esta altura devem estar a rogar-me pragas e a questionarem-se, como eu, que raio faz o Rock in Rio em Lisboa e porquê que não mudaram o nome.

Moro num lar da terceira idade!

O problema em morar num prédio recheado de velhos é que de vez em quando tenho que ajudá-los a fazer alguma coisa. E nunca são coisas simples e que demoram pouco tempo... Ultimamente ando fugido de uma vizinha, senhora já nos seus setentas - novinha, portanto! -, que está lesionada na perna, o que a impede de subir as escadas com facilidade. Ora, outro dia, para grande azar meu, não só os elevadores avariaram como tive o azar de a encontrar à porta do prédio. Ou seja, tive que a puxar tipo carroça, pela canadiana, até ao segundo andar. Ainda considerei levá-la ao colo, não por generosidade ou altruísmo mas para despachá-la mais depressa, mas depois olhei bem para o seu porte, comparei-o com o meu e essa ideia rapidamente se tornou absurda. Depois de despachada e entregue, rapidamente desci as escadas para sair do prédio (finalmente!). Azar meu, no rés-do-chão outra velha olhava desesperada para as luzes do elevador que não acendiam; quando me viu, uma luzinha acendeu-se nos seus olhos

MÁS condutoras!

Novamente, quase fui atropelado. Desta vez estava a atravessar a passadeira, o sinal verde para os peões estava aceso. Ía a meio da estrada quando vejo um automóvel a vir na minha direcção, só tive tempo de duas rápidas passadas para trás - foi por pouco! - Ainda fiquei com os braços abertos e no rosto uma forte indignação, mas de nada adiantou porque o veículo nunca parou, nem sequer travou. Claro, a minha curiosidade, que não é diferente da de ninguém, levou-me a olhar para o condutor. Não foi surpresa nenhuma quando constatei que era uma condutora... Vou ver se não me esqueço de contar quantos são os e as piores condutores de Portugal - aquele programa novo -, gostava de saber para x condutores maus, quantas condutoras há? Chamem-me machista à vontade, mas ao menos com este preconceito sempre presente, lá me vou safando destas loucas perigosas.

Os momentos não se repetem

A pior coisa que posso fazer quando algo rotineiro se torna agradável, é antecipar, daí em diante, que o aborrecido se transformará em interessante. Nunca acontece! Mas como " a esperança é a última a morrer ", aquilo que me aborrecia de morte súbitamente ganha um potencial valor acrescido de felicidade. Por experiência sei que o raro é realmente raro. E o que acontece uma vez de bom, acontece todas as vezes de mau. O que é irritante é que a partir do momento que passo por uma singularidade destas, começo a procurar sinais e parâmetros que em determinada conjunção podem-me proporcionar mais belos e agradáveis eventos. Esqueço-me sempre que a singularidade é singular... Chego a um ponto em que a maior parte das secas por que tenho que passar já foram, por uma vez, muito agradáveis. E das duas, uma: ou tento constantemente repetir a experiência, seca após seca; ou desisto logo a seguir à singularidade, com a perspectiva de que nunca mais se repetirá, bem presente. A vida é fei

Malditos não-apreciadores de música alta!

Eu gosto muito de ouvir música "alta". Comigo o volume está sempre acima! Mas, claro, conheço algumas pessoas que não podem ouvir o som celestial da música. Quando estas pessoas me fazem o favor de tolerar o "som" que ouço, emitem continuamente sinais da sua irritação: são os 'nts!' ou 'ts', são os movimentos contínuos e espasmódicos, são os tiques e as célebres sentenças - estou a ficar com dor de cabeça! Quando me vejo na companhia de uma semi-colcheia destas, não só perco a vontade de ouvir música, como fico angustiado e stressado também. A partir do momento que ouço um 'ts' perco logo a concentração e o prazer. Normalmente, deixo ficar a música no volume em que estava: Posso ficar todo stressado, mas levo o semi-tom ao suicídio; Posso não ouvir nada, mas o solfejo afónico vai à loucura!; Posso ficar angustiado, mas o maricas do dórémi tornar-se-á epiléctico e com graves crises de asma (sem qualquer insulto aos que já o são e gostam de

Gases, tosse e cegueira histérica

Desde que li em algum sítio que uma das coisas a fazer quando se está a ter um ataque cardíaco é tossir, para obrigar o coração a bombar, bem... desde essa altura que tenho tossido mais que o normal. Há quem me chame de hipocondríaco , mas eu não creio que o seja porque não tenho a mania dos medicamentos. Agora se me chamarem de sugestionável, já estarão mais perto da verdade. Lembro-me que quando era puto, bastava ver um documentário sobre um "mal" qualquer, ou mesmo ouvir a descrição de alguma doença e era o suficiente para daí em diante eu começar a imaginar os sintomas e diagnosticar imediatamente o meu fim próximo. Houve uma altura em que todas as quartas-feiras das 15h00 às 15h30, exactamente, ficava sem ver do olho direito - O que me deixava muito assustado! - Nunca percebi o que era, mas agora, que me conheço melhor, calculo que tenha sido sugestão de algum episódio da Casa do Terror . Já mais velho, adolescente, sentia frequentemente fortes pressões no peito. Imediat