Troco mãe
Sempre que alguém vai pedir dinheiro ou divulgar informação necessária - vida depois da morte e afins - a casa da minha mãe, ela, do alto da sua generosidade e boa graça, ou diz que não tem dinheiro e para tentarem no andar de baixo, na casa do filho, ou diz que não tem tempo mas que o filho é muito atencioso e compreensivo e que irá concerteza ter tempo para receber as linhas orientadoras de qualquer Deus.
Não é preciso dizer que sempre que abro a porta e um desconhecido me pergunta "É o filho?" sei sempre o que me espera.
Ontem tive direito a mais um episódio desta interminável telenovela: Abri a porta; a senhora mandou um berro com o kiko que sai sempre inofensivamente disparado; eu olhei para ela com olhos de carneiro mal morto porque já desconfiava o que ia sair dali; ela explicou-me de onde vinha e o que queria, não sem antes perguntar se eu era o filho, claro!; eu disse-lhe que não tinha nada para lhe dar mas que a porteira tem sempre qualquer coisita (cada um goza com quem pode); ela despediu-se com um olhar de desprezo; eu esquecia-a em cinco minutos.
Mais tarde fui a casa da minha mãe para tentar perceber o que é que ela tem contra mim e para lhe perguntar quando é que me devo mudar para outro prédio. Mal cheguei a casa dela comecei a ouvir uma gargalhada abafada...
Já não chega viver num prédio hostil onde a porteira espalha o boato que eu sou homossexual e que alguém se diverte a pôr sal debaixo do meu tapete, também tenho que viver um andar abaixo de uma mãe sádica.
Não é preciso dizer que sempre que abro a porta e um desconhecido me pergunta "É o filho?" sei sempre o que me espera.
Ontem tive direito a mais um episódio desta interminável telenovela: Abri a porta; a senhora mandou um berro com o kiko que sai sempre inofensivamente disparado; eu olhei para ela com olhos de carneiro mal morto porque já desconfiava o que ia sair dali; ela explicou-me de onde vinha e o que queria, não sem antes perguntar se eu era o filho, claro!; eu disse-lhe que não tinha nada para lhe dar mas que a porteira tem sempre qualquer coisita (cada um goza com quem pode); ela despediu-se com um olhar de desprezo; eu esquecia-a em cinco minutos.
Mais tarde fui a casa da minha mãe para tentar perceber o que é que ela tem contra mim e para lhe perguntar quando é que me devo mudar para outro prédio. Mal cheguei a casa dela comecei a ouvir uma gargalhada abafada...
Já não chega viver num prédio hostil onde a porteira espalha o boato que eu sou homossexual e que alguém se diverte a pôr sal debaixo do meu tapete, também tenho que viver um andar abaixo de uma mãe sádica.
Comentários
e tu de homosexual nao tens nadinha
Solução para a Mamã: Mãe ou me deixas de enviar os pedintes lá para baixo ou vou almoçar e jantar a tua casa todos os dias.
Solução para a porteira: Arranja uma miúda e simula uma... mesmo à porta dela.
Solução para o sal:...não tenho...
Ana E.
avelã: ainda não sei bem; haja alguém que defenda a minha (possante) masculinidade.
voandobaixinho: estão as duas fora de questão.
Ana E.: Então pá? Isso está melhor ou quê? Ouvi dizer que torceste o pé quando estavas a sair da cozinha - alguma armadilha para te manter lá? As tuas soluções são espectaculares, vou já tratar disso. As melhoras e tenta não fugir da cozinha outra vez. ;-)
Ah ah ah ah , grande TIA LITA!!!!