Repulsão da empatia

Arrogância e complexo de superioridade - Aqueles que mudam e os que não mudam:
Há os que mudam quando se vêem num aparente estágio superior em relação a todos os outros, ou pelo menos em relação aos que os rodeiam. Um novo estágio pode ser superior, de facto, mas nem por isso é de justificar este tipo de comportamento. Esta alteração de comportamento está latente, na maioria das vezes, em indivíduos com determinados distúrbios emocionais (insegurança; insatisfação; indecisão; falta de empatia; falta de imaginação; falta de autonomia).
As duas características supracitadas encontram-se latentes até serem despoletadas, violentamente, por uma mudança social positiva em favor do sujeito. Este, rapidamente, adopta uma atitude que faz em crer uma súbita mudança de personalidade. O que é uma dedução errada, uma vez que o sujeito sempre possuiu estas características, embora latentes - adormecidas.
O salto da insegurança para o complexo de superioridade e por conseguinte para a arrogância, é devido ao "falso" escudo que lhe é fornecido quando muda de patamar. No entanto, estruturalmente, o animal, perdão, o indivíduo permanece o mesmo. As suas carências, defeitos e qualidades permanecem as mesmas. O escudo não passa de uma ilusão bem conseguida por uma sociedade que privilegia a standardização da sua mão-de-obra.
Depois os que não mudam. Estes, desde cedo, apercebem-se da condição e natureza humana, e, obviamente, são dotados de grande empatia e imaginação. Para a sociedade são produto estragado, uma vez que são avessos à standardização. São objecto de desdém e inveja dos primeiros (arrogantes, etc), uma vez que possuem qualidades (e defeitos?) que esses são incapazes de desenvolver.
Sendo os dois tipos de personalidade a natureza humana no seu esplendor - Os extremos unem-se mas divergem. O paradoxo humano em acção -, e sendo a reacção de um a acção do outro, então eu diria que o primeiro será sempre delegado para o papel de antagonista e o segundo de protagonista, ainda que silencioso.

Comentários

André disse…
Parece-me que tens bastante imaginação e empatia e tudo o resto, por isso está descansado: és o melhor!
Já, mas ainda não tive pachorra, perdão, tempo para procurar as bandas. Assim que puder ;-) lá estarei.

Mensagens populares deste blogue

Sal debaixo do tapete

E-book finalmente!

A grande fuga dos feios, porcos e maus